A Comissão de Gestão da Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo decidiu, ontem, não continuar a dirigir a modalidade na capital devido ao facto de se “sentir desconfortável” com a posição dos clubes, cujas decisões colegiais tomadas são depois colocadas em causa. A Comissão de Gestão da ABCM tem até 22 de Dezembro, a pedido dos clubes, para repensar e mudar de posicionamento. Mudar de ideias e aceitar a continuidade, pode ser um presente antecipado de natal para os clubes. A ver vamos!
Quando se pensava que já se havia acertado a linha na agulha, ou seja, que o basquetebol na Cidade de Maputo estava estabilizado, depois de um longo período sem provas regulares, eis que a Assembleia-Geral da Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo, na tarde cinzenta e chuvosa de quarta-feira, veio desmentir este cenário optimista.
Pois, e tal como de prever, depois de aprovado o relatório de actividades e contas e um parecer positivo dos clubes em relação ao trabalho desenvolvido nos seis meses de mandato, a Comissão de Gestão da Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo “torceu o nariz” sobre eventual continuidade na agremiação.
Aliás, o principal ponto de agenda da magna reunião realizada na sede social do Comité Olímpico de Moçambique era a eleição de novos corpos directivos da agremiação que mais clubes e atletas movimenta em Moçambique.
Entendem, para não dizer defendem os clubes, haver motivos bastante para a continuidade do elenco da Comissão de Gestão da ABCM, mas esta manifestou-se desconfortável com os seus associados em face de decisões colegiais terem sido colocadas em causa.
O ponto da discórdia foi a marcha à ré (recuo) dos clubes depois de concertações e decisão de que não haviam condições para a realização dos “play-offs” no Campeonato da Cidade de Basquetebol em seniores masculinos e femininos.
A Comissão de Gestão da Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo reuniu com os clubes, apresentou os seus argumentos segundo os quais o tempo estava apertado em termos de calendário devido aos compromissos da selecção feminina no “Afrobasket”, a aproximação das datas da Liga Sasol e Mozal.
Alguns clubes teriam aceite a proposta, mas depois viriam a recuar e a contestar a decisão de se definir os campeões ao cabo da fase regular.
Indigesta para os jovens que lideram a Comissão de Gestão da ABCM, a decisão dos clubes condiciona, de certa forma, a continuidade.
A Comissão de Gestão da ABCM tem até 22 de Dezembro, a pedido dos clubes, para repensar e mudar de posicionamento. Mudar de ideias e aceitar a continuidade, pode ser um presente antecipado de natal para os clubes. A ver vamos!
No campo financeiro, a Comissão de Gestão de Basquetebol da Cidade de Maputo deixa nos cofres da agremiação cerca de 638 mil Meticais.
Para além de ter realizado provas regulares, nomeadamente 12 horas de basquetebol, Torneio de Abertura, Taça Maputo Jogabets 100 Paus (com premiação monetária) e Campeonato da Cidade, a agremiação organizou uma acção de formação que contou com a participação de juízes e figuras da modalidade da bola ao cesto.
Era a continuidade de um trabalho realizado pelo anterior elenco liderado por Felisberto “Beto” Macuácua que, mesmo debaixo de dificuldades, procurou segurar a modalidade.
Uma das primeiras acções da Comissão de Gestão da ABCM foi dar uma nova imagem à sede social da Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo.
A Comissão de Gestão da Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo é composta por Sérgio “Serginho” Hitie, Naftal Chongo, Anastacio Monteiro, Michel Amade e Ebenizário “Benito” Hamela.