Dois jogos marcam, esta terça-feira, o arranque dos quartos-de-final da Liga dos Campeões Europeus. Benfica vs Liverpool e Manchester City vs Atlético Madrid são os primeiros dois jogos desta fase do mata-mata rumo à final da liga milionária.
Pela partida da primeira mão dos quartos-de-final da “Champions” europeia, Benfica e Liverpool defrontam-se no Estádio da Luz. Os Encarnados se classificaram num grupo que continha o Barcelona e deixaram para trás o Ajax, que era favorito. O principal jogador da equipa treinada por Nelson Veríssimo é Darwin Núñez, mas outros nomes também se destacam, como os pontas-de-lança Rafa Silva e Everton Cebolinha.
Do lado do Liverpool, os comandados de Jürgen Klopp buscam manter o bom momento vivido na Premier League, ocupando a vice-liderança da competição, atrás apenas do Manchester City, com apenas um ponto de desvantagem. Os grandes destaques são Mané e Salah, que disputaram uma vaga na Copa do Mundo semana passada. O senegalês levou a melhor.
VERÍSSIMO PREPARA LIVERPOOL COM INFORMAÇÕES DE BRUNO LAGE
O sorteio dos quartos-de-final da Liga dos Campeões colocou o Liverpool no caminho do Benfica, e o passo seguinte foi o de recolher informações sobre o clube inglês que, esta temporada, já tinha jogado com o FC Porto na “Champions”, e que atravessa um grande momento, a apenas um ponto do líder Manchester City.
Em Inglaterra está Bruno Lage, treinador do Wolverhampton, um dos adversários do Liverpool, antigo treinador das águias, numa equipa técnica que tinha Nélson Veríssimo como adjunto (os dois foram da mesma turma no IV Nível de treinador), assim como Alexandre Silva e Jhony da Conceição, que acompanharam Bruno Lage para Inglaterra.
Segundo informações do jornal A Bola, as equipas técnicas de Benfica e Wolverhampton trocaram informações sobre o Liverpool, adversário dos Wolves a 4 de Dezembro de 2021, partida ganha à tangente pelos Reds na última jogada, com um golo do belga Divock Origi e num jogo em que a equipa de Jurgen Klopp sentiu muitas dificuldades para vencer no estádio Molineux.
O contacto não foi feito directamente através dos treinadores, mas sim pelos analistas das duas equipas técnicas, com o Benfica depois a observar e a rever todos os dados recolhidos pela equipa técnica do Wolves, como comportamento ofensivo e defensivo do Liverpool.
Tudo analisado, desde posicionamentos e dinâmicas, com particular destaque para as movimentações ofensivas do Liverpool, com a inclusão dos laterais, Alexander Arnold (suplente diante do Watford) e Robertson no ataque, os movimentos de Salah e Sadio Mané e a forma como o jogo interior do Liverpool muda quando joga Thiago Alcântara.
KLOPP CONFIANTE NO REGRESSO A LISBOA
Lisboa foi onde começou a história de amor entre o Liverpool e Jürgen Klopp. Em 2015, o treinador estava sentado numa esplanada de um café da capital portuguesa quando recebeu uma chamada telefónica com o convite para treinar os Reds. Surpreendentemente, e tendo em conta as distâncias percorridas na Europa, não mais voltou ao local.
E se isto não foi suficiente para lhe colocar um enorme sorriso na cara, então evitar adversários ingleses – “a única coisa que não queria” – talvez tenha. Não que Klopp encare o Benfica de “ânimo leve”, conforme sublinhou com o trabalho defensivo incrível das “águias” em dois jogos frente ao Ajax para chegarem a esta fase.
REINILDO PARA PARAR STERLING, JESUS, FODEN E BERNARDO SILVA
Não interessa quem vai entrar de início no ataque dos Citizens, o facto é que Diego Simeone sabe que pode contar um defesa que veio para trazer segurança na sua posição. Reinildo Mandava é a maior contratação do Atlético Madrid e já parou adversários de cravera, que o digam Cristiano Ronaldo e Bruno Fernandes, que tiveram dificuldades para passar pelo moçambicano.
Desta vez, nada irá impedir a continuação da escalada da montanha de sucesso de Reinildo Mandava e companhia, que sabem das dificuldades que vão encontrar em Manchester, mas convictos de que é uma eliminatória a duas mãos e só precisam estar bem na Inglaterra, para dar o bode na Espanha.
GUARDIOLA CONTRA SIMEONE
Considerando o estatuto de Josep Guardiola e Diego Simeone entre a comunidade dos treinadores, é impressionante que se tenham cruzado apenas três vezes durante a carreira (Guardiola venceu dois jogos contra um de Simeone). Será fascinante ver como se vão dar os seus estilos de jogo contrastantes.
Para Rodri, médio-defensivo do City que foi orientado por ambos, ambos também têm muito em comum. “A forma como competem, a forma como trabalham diariamente, o facto de quererem que os jogadores evoluam todos os dias”, disse o jogador de 25 anos no início desta época. “Com a sua natureza competitiva, são muito semelhantes.”