O Presidente da República, Filipe Nyusi, procedeu, quarta-feira, à entrega de uma ressonância magnética molecular, um aparelho moderno com capacidade para diagnosticar doenças muito complexas através da captação de imagens detalhadas do corpo humano de forma não invasiva.
É o primeiro equipamento de ressonância magnética fora da capital do país. Com o aparelho, o Hospital Central da Beira, que é de referência na região Centro, vai deixar de depender da capital do país para onde eram transferidos, anualmente, mais de 20 doentes com patologias cerebrais, principalmente, cancros, que os especialistas de saúde não sabiam em que fase está para definir o tipo de tratamento.
O aparelho irá contribuir, por isso, para melhorar a assistência médica e medicamentosa dos utentes da maior unidade sanitária do Centro do país.
“Foi nossa promessa que traríamos a ressonância magnética, íamos caprichar também noutros hospitais com o aparelho de TAC, significa que vão ter mais trabalho. Naquela altura, não temos capacidade, vai para Maputo ou para outro sítio onde tivesse, mas agora já não. Vamos ficar aqui. Então, vamos conservar, normalmente… costuma-se dizer que quem tem pouco, cuida, do que aqueles que têm muito, não têm sensibilidade do custo”, disse o Chefe de Estado moçambicano.
A ressonância magnética molecular custou cerca de setenta milhões de Meticais, valor disponibilizado pelo Governo moçambicano.
O jornal O País sabe que o Ministério da Saúde (MISAU) tinha programado a aquisição do aparelho para o próximo ano, mas dado o crescente número de doenças complexas e custos relacionados à transferências dos doentes, houve a necessidade urgente de comprá-lo este ano.
“Quando sentirem que o equipamento está a dar um sinal, não insistam porque estes equipamentos modernos são sensíveis. Quando um piloto acende, quer dizer que alguma coisa tem que ser concertada. Se insistirem em ligar e desligar, irão dar cabo do equipamento”, chamou atenção Filipe Nyusi.
Ainda no Hospital Central da Beira, o Presidente da República reinaugurou as enfermarias I e II de medicina, que se beneficiaram de reabilitação, depois de terem sido parcialmente destruídas pelo ciclone Idai em Março de 2019. Ao mesmo hospital, Filipe Nyusi entregou uma ambulância e diverso material médico cirúrgico.
Durante a sua visita à cidade da Beira, Nyusi inaugurou um novo edifício da delegação provincial do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). Nyusi apelou, na ocasião, para que “assegurem o atendimento profissional, pontual, ético e sério a todos os utentes do sistema. A casa é bonita. A alegria que vemos, queremos encontrar quando procurarmos serviços”.
O Presidente da República encorajou ainda o Instituto Nacional de Segurança Social a avançar com a inscrição de trabalhadores moçambicanos na diáspora.
Nyusi disse haver muitos moçambicanos a trabalhar fora do país, como no Quénia, Malawi e Zâmbia, que precisam de ser assistidos, no território nacional.
A infra-estrutura modernizada custou aos cofres do Estado cerca de 159 milhões de Meticais, sendo que a mesma comporta um espaço de arrendamento para a rentabilização do investimento.