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“Comissão de Eleições da Beira roubou a favor da Frelimo”, diz MDM

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) acusa a Comissão Distrital de Eleições da Beira de ter roubado votos a favor do partido Frelimo. O MDM diz que já interpôs recurso ao Conselho Constitucional para a reposição da verdade eleitoral.

O Movimento Democrático de Moçambique reafirma que venceu as eleições autárquicas na cidade da Beira, mas não com a percentagem dada a conhecer pela Comissão Distrital de Eleições.

“Os resultados anunciados pela CDE dão-nos uma percentagem de quase 67 por cento que o MDM teve, e a Frelimo, 37 por cento, mas nos resultados, através das actas que nós tivemos, o MDM teve 67 por cento e a Frelimo, 28 por cento”, revelou Domingos de Albuquerque, mandatário do MDM na cidade da Beira.

Diante desta situação, o MDM interpôs uma contestação junto da Comissão Distrital de Eleições da Beira e do Tribunal Judicial, que a reprovaram, daí que o partido recorreu ao Conselho Constitucional.

“O que nós estamos a pedir são os votos que foram subtraídos do MDM e foram postos a favor da Frelimo. São nove por cento de votos retirados do MDM. Então, é isto que nos fez interpor recurso ao Conselho Constitucional, na expectativa de vermos reposta a legalidade. Que o Conselho Constitucional dê ao César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, detalhou Domingos de Albuquerque.

É que, com os números apresentados pela Comissão Distrital de Eleições da Beira, segundo o MDM, a Frelimo terá um número de deputados que não devia ter na Assembleia Municipal.

“A CED na cidade da Beira atribuiu 24 mil votos à Frelimo. Nós não sabemos de onde saíram, para dizer que houve votos fantasmas a favor do partido Frelimo. Em termos de percentagem na Assembleia Municipal, com aquilo que a CED atribuiu ao MDM, rondamos a casa dos 28 deputados municipais, e a Frelimo passou a ter 18”, esclareceu o mandatário do MDM na cidade da Beira.

E nas contas que o MDM considera justas, “a Frelimo devia ter 14 membros da Assembleia Municipal e o MDM 33 deputados municipais. O que estamos a dizer é que pedimos ao Conselho Constitucional que dê ao César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Que devolva os cinco assentos que foram subtraídos do MDM”.

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