Sangue negro, de Noémia de Sousa; Nós matamos o cão-tinhoso, de Luís Bernardo Honwana; Silêncio escancarado, de Rui Nogar; O regresso do morto, de Suleiman Cassamo; A inadiável viagem, de Luís Carlos Patraquim; Terra sonâmbula, de Mia Couto; e País de mim, de Eduardo White; são os títulos que fazem parte da colecção de livros que as bibliotecas municipais de Maputo receberam, esta quarta-feira, do Porto de Maputo.
Segundo avança o comunicado municipal, as obras são destinadas primordialmente a prover as bibliotecas escolares e públicas, no intuito de promover o gosto e o hábito de leitura, sobretudo junto dos jovens, que de outro modo não teriam acesso às obras de autores nacionais. “Pretende-se, finalmente, resgatar na sociedade moçambicana o valor e o prestígio social do livro e a sua centralidade no quotidiano. Uma sociedade não se constrói sem cultura”.
No comunicado lê-se ainda que através da parceria com a empresa Porto de Maputo, o Conselho Municipal de Maputo conseguiu concretizar mais uma acção cultural em prol dos munícipes, ao materializar os benefícios proporcionados pelos hábitos de leitura, resultando no recebimento de mais de 70 livros, que serão colocados na rede das bibliotecas municipais.
O Conselho Municipal de Maputo entende que a leitura, além de fortalecer questões identitárias e de cidadania, contribui para o fortalecimento de uma sociedade mais justa e inclusiva. “O Conselho Municipal de Maputo está sempre com as portas abertas para desenvolver qualquer parceria que gere esse tipo de benefício. Quando optamos em colocar as bibliotecas (num total de 10) nos distritos municipais, junto dos munícipes, sabíamos que precisaríamos da colaboração da sociedade/empresários e que não teríamos dificuldades em encontrar interessados em apoiar esse projecto”, afirmou Neyma Madaugy, chefe das bibliotecas municipais de Maputo.