O Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD) e o centro de Integridade Pública (CIP) defendem que a decisão do chefe de Estado, de manter a decisão sobre as restrições das aulas e dos cultos religiosos, foi acertada.
A opinião das duas organizações baseia-se no facto dos casos da COVID-19, estarem a aumentar exponencialmente nas últimas semanas e de ainda não existirem condições para a retoma dessas duas actividades, bastante comentadas nos últimos tempos.
Segundo Dércio Alfazema, pesquisador do IMD, esta decisão foi resultante da pressão da opinião pública, contra a retoma às aulas.
“O presidente tomou uma decisão bastante acertada, oportuna e responsável, mas fez um equilíbrio entre aquilo que é a opinião pública, aquilo que eram opiniões da sociedade civil e também com, que foram as consultas feitas com as demais instituições do governo, o ministério da educação que auscultava aos encarregados de educação e os gestores de escola o ministério da justiça com as igrejas”, disse.
Alfazema referiu que apesar disso, as outras medidas continuam validas, incluindo a retoma às aulas e aos cultos, mas devem ser tomadas todas as medidas para garantir a segurança, dos alunos e crentes.
Já Borges Nhamirre, pesquisador do CIP, defende esta que foi uma decisão surpresa agradável, uma vez que, já tinha sido estabelecida a data para retoma e estavam a ser feitos os preparativos para a retoma, mas mesmo assim as evidências mostravam que não haviam condições para tal.
“O slogan do Ministério da Saúde já diz que o nosso maior valor é a vida, então, não se pode por em risco vida das pessoas, e o Presidente da República fundamentou que essa suspensão é para retardar o pico da doença, para não sobrecarregar o sistema de saúde, enquanto se espera para descoberta da cura ou vacina da doença”, referiu a fonte.
Nhamirre esclarece que mesmo com o fim deste Estado de Emergência as restrições poderão continuar, até as igrejas, escolas e encarregados de educação se prepararem devidamente para a retoma a normalidade.
As fontes falavam esta hoje, durante o programa o Manhã Informativa, da STV.