É vestindo a rigor que Elcídio luta para não deixar que falte pão na sua mesa.
A COVID-19 tirou-lhe o emprego, mas o jovem não cruzou os braços e decidiu matar o Coronavírus para matar a fome.
Elcidio Huo era Barman numa estância turística e há 4 meses perdeu o emprego, por conta da pandemia. Com o pouco dinheiro tinha o jovem decidiu comprar equipamento de protecção individual e um pulverizador para buscar uma alternativa de rende.
Ele faz hoje a pulverização para a desinfecção de ambientes públicos ou privados, mas também para matar insectos e pragas.
Ele conta que é solicitado uma média de 5 vezes por mês para pulverizar, mas também faz a jardinagem de locais públicos e é pago por isso.
A extensa costa de Inhambane é rica em mariscos, e foi precisamente ali que dona Carlota viu a chance para tirar algum dinheiro, a fim de ajudar o marido “eu decidi vender peixe para conseguir algum dinheiro para poder ajudar o meu marido porque agora com essa doença o negócio não está a andar”, acrescentou Carol, como carinhosamente é tratada pelos seus clientes.
A falta de emprego, causada pela COVID-19 inspirou a jovem Cecília Ricardo a produzir milho, mas não só para comer, mas também para conseguir algum dinheiro no bolso.
Ela vende milho assado na rua em frente da sua casa e conta que por dia, consegue entre 200 a 300 meticais e é precisamente com esse dinheiro que sustenta a ela, a filha e a mãe.
Em Inhambane mais de 190 estâncias turísticas fecharam as portas devido ao impacto da COVID-19 e mais de 2400 trabalhadores estão em casa, sem emprego.