Milhares de cidadãos na Tunísia tomaram as ruas da capital e acusaram o actual Presidente, Kaïs Saïed, de cometer um “golpe de Estado” após demitir o Governo e assumir o poder judicial.
A 22 de Setembro, depois de dois meses de incerteza, o Presidente da Tunísia, Kais Saied, emitiu um decreto que suspendeu vários artigos da Constituição tunisiana e impôs medidas incomuns para vigorarem enquanto reformas políticas são levadas a cabo.
Segundo escreve Notícias ao Minuto, Kais Saied foi acusado, pelos manifestantes, de levar a Tunísia à falência e de intimidar os meios de comunicação social, sendo que várias organizações não-governamentais tunisianas já criticaram a tomada de poder e expressaram receio em relação ao respeito de direitos e liberdades.
Já em 25 de Junho, com a Tunísia mergulhada num impasse político e numa grave crise socioeconómica e de saúde, o chefe de Estado demitiu o primeiro-ministro, suspendeu o Parlamento e assumiu o poder judicial.
O funcionamento do Parlamento continua suspenso, assim como os salários e benefícios dos deputados, por isso Kais Saied legisla sobre os próprios poderes por decreto e continua a presidir o Conselho de Ministros.