Cheias e chuvas intensas provocaram 34 mortos em Pequim, na China, segundo anunciaram, nesta terça-feira, autoridades locais, citadas pela imprensa internacional.
Em comunicado, o governo municipal indicou que a maior parte das pessoas morreram no distrito de Miyun, o mais afectado, e duas no distrito de Yanqing, ambos situados na periferia de Pequim.
Mais de 80 mil residentes foram retirados da cidade, incluindo 17 mil em Miyun, acrescentou a mesma nota. Durante a noite de segunda-feira voltou a chover com intensidade na área, resultando, segundo as autoridades, num deslizamento de terras, que causou quatro mortos na zona rural de Luanping, na vizinha província de Hebei, onde outras oito pessoas continuam desaparecidas.
Segundo a RTP, as autoridades de Miyun abriram as comportas de uma barragem que atingiu o nível mais elevado desde a sua construção, em 1959, e alertaram a população para se manter afastada dos rios a jusante, cuja subida vai continuar devido à previsão de mais chuva.
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, afirmou, na segunda-feira, que as cheias em Miyun causaram “graves baixas” e apelou a operações de salvamento, informou a agência noticiosa oficial Xinhua.
O temporal provocou cortes de eletricidade em mais de 130 aldeias, destruiu linhas de comunicação e danificou mais de 30 troços de estrada. Na zona de Miyun, as inundações arrastaram automóveis e derrubaram postes de eletricidade.
As autoridades de Pequim activaram, na segunda-feira à noite, o nível máximo de emergência, ordenando à população que permanecesse em casa, encerrando escolas, suspendendo obras e actividades turísticas ao ar livre, medidas que vão vigorar até nova indicação.
A capital chinesa previa para hoje de madrugada a chuva mais intensa, com precipitação de até 30 centímetros em algumas zonas.