Mais de 330 mil pessoas poderão sofrer efeitos combinados de eventos climáticos extremos nos próximos meses, na província de Gaza. Para a época chuvosa em curso, prevê-se a ocorrência de três cenários, caracterizados por cheias, inundações, ciclones e seca, que podem fustigar os distritos costeiros do interior e atravessados pela bacia do Limpopo.
“Há previsão de ocorrência de chuvas com tendência para acima do normal em toda a província, de Outubro de 2024 a Março de 2025”, explicou o porta-voz do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Risco de Desastres em Gaza.
Prevê-se que cerca de 330 mil pessoas sejam afectadas em toda a Província “representando cerca de 22%, de um total de 1 445 896 habitantes, de acordo com projecção de 2020 (INE), contra 21 % da época Chuvosa 2023-2024”, disse Bonifácio Cardoso.
Caso se concretize a previsão climática para época chuvosa 2024-2025, intempéries poderão destruir 425 escolas, 17 unidades sanitárias e 10 vias de acesso, em Massangena, Chigubo, Chókwe, Chicualacuala, Mabalane, Mapai, Chibuto, Mandlakazi, Massingir, Bilene, Chongoene e Xai-Xai.
O INGD necessita de 34 milhões para acções de emergências, derivadas de desastres projectadas para os três cenários.“A província necessita de um total de 9 436 toneladas de produtos diversos para assistir 136 747 pessoas”, disse o responsável.
O Secretário de Estado em Gaza quer acções sectoriais coordenadas face ao iminente risco de inundações e cheias, de modo, a evitar a perda de vidas humanas e, a destruição de infraestruturas socioeconómicas.
“Temos que evitar o sectorismo, porque no fim de todos nossos trabalhos quem se beneficia é a nossa população. Devemos nos unir, de modo, a que nossas acções tenham impacto positivo nas pessoas que servimos”, disse Lourenço Lindonde.
Em Gaza, estão em prontidão 280 comités de gestão e redução do risco de desastres.