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Chegou Dezembro com os seus velhos costumes de subida de preços

Foto: O País

Já há agravamento de preços de alguns produtos no Mercado Grossista do Zimpeto, na Cidade de Maputo. No retalhista de Fajardo, também há relatos de escassez de frango, aliás o preço também foi agravado.

O mês de Dezembro já contabiliza sete dias. Como de costume quando este mês chega, já há escassez e subida de preços de produtos em alguns mercados da Cidade de Maputo.

No Mercado Grossista do Zimpeto, por exemplo, há uma semana, o saco de 50 kg de amendoim de produção nacional, dependendo da qualidade, variava entre 4000 e 6000 e, neste momento, está a ser comercializado entre 4100 e 6200 meticais.

A cebola nacional era vendida entre 230 e 250 e hoje chega aos 300 meticais. A caixa de 20 quilogramas de tomate nacional custava, há 7 dias, entre 300 e 600 meticais e, actualmente, a mesma está a ser comercializada a 450 ou 1000 meticais.

Olga Luís, que foi ao grossista do Zimpeto para comprar tomate para revenda, assustou-se com os preços que encontrou. “Venho comprar tomate a grosso para revender. E os preços são muito elevados; nem sei se consigo comprar tomate hoje”.

Se Olga não tem certeza se consegue comprar tomate, Hassan Paulo, que é produtor de tomate em Boane, na província de Maputo, prevê dias difíceis para o seu negócio e conta que, internamente, há falta de tomate, situação que se repete, segundo disse, na vizinha África do Sul.

“Todo tomate de produção nacional não consegue responder à demanda, por isso o preço subiu um pouco. Na verdade, a tendência para os próximos dias vai ser de subir e será mais difícil ainda.”

João Rungo Cuamba está há dez anos a vender coco no grossista e conta que o que está a ditar a subida do preço daquele produto são os custos de transporte desde a fonte de produção na província de Inhambane.

Na parte frontal do Mercado Municipal de Fajardo, há uma placa que deseja boas vindas aos clientes, mas, porque faltam produtos, está a ser difícil ser bem-vindo. Naquele mercado, há falta de frango e os poucos, que são ainda comercializados, são caros, como dizem Esmeralda e Ana, vendedeiras já há bastante tempo.

Vanda Gomes saiu de Mulotane, em Boane, tendo atravessado a Cidade da Matola, na província de Maputo, procurou frangos em vários aviários e não conseguiu, por isso foi até Fajardo. Vanda encontrou o frango, mas a um preço alto, isto é, subiu dos 270 para 300 meticais. O cenário está a preocupar vários consumidores que prevêem dias difíceis nos próximos dias.

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