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Aulas retomadas após 21 dias de interrupção na Província de Maputo

Foto: O País

Depois da desactivação dos centros de acomodação transitórios, as aulas já foram retomadas nas escolas da Província de Maputo, sobretudo no distrito de Boane que foi um dos afectados com as cheias e inundações. Entretanto há alunos que não regressaram às aulas e há salas ainda com pertences das vítimas das cheias.

Na escola secundária Joaquim Chissano, funcionou  o maior centro de acolhimento transitório de Boane. Tem inscrito 2500 alunos, um deles é Shelton Massingue que ficou três semanas sem aulas e chegou a pensar que o ano lectivo estava perdido. “Como aconteceu na altura da COVID-19 que ficamos em casa e perdemos o ano lectivo esse era o meu receio, mas tomei conhecimento através da rádio e da televisão, assim como do grupo de whatsapp da escola que hoje iniciamos com as aulas, por isso estou aqui”.

Com o encerramento dos centros de acomodação, a actividade lectiva retomou e os alunos têm a difícil missão de recuperar o tempo perdido. Josefina Covane diz que vai aplicar-se mais resolvendo fichas, assim como dedicar-se muito à leitura para ganhar o ritmo.

Na escola secundária Joaquim Chissano nem todos retornaram às aulas neste que é o primeiro dia. O Director da Escola diz que possivelmente os alunos ausentes possam estar ainda a enfrentar condições difíceis onde se encontram.

Se na escola secundária Joaquim Chissano ainda não voltaram todos alunos, na escola primária completa de Boane ainda há três salas ocupadas com bens destinados a vítimas de inundações. A Professora Ana Portugal explicou que a Direção Distrital da Educação já foi informada da situação. “Uma das salas tem o nosso material deixado pela direção da educação, outras duas salas continuam com os materiais das vítimas das cheias, mas as autoridades já foram notificadas. Nós continuamos a trabalhar assim mesmo, claro que as salas fazem falta, mas estamos a trabalhar”.

Enquanto isso, os alunos da escola primária que durante três semanas ficaram em casa ou acolhidos nos centros transitórios ou em casas de familiares começam a ganhar o ritmo das aulas.

Recorda-se que o sector da educação informou que uma das estratégias para recuperar as aulas perdidas, estes alunos não vão ter férias do fim do terceiro trimestre.

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