Os Chefes de Estado e de governo presentes na cimeira de Maputo defendem celeridade na implementação do acordo de Comércio Livre em África, para maximizar as potencialidades continentais. As ideias foram avançadas durante o primeiro painel de debates da cimeira de negócios Estados Unidos – África.
Num painel de alto nível, maioritariamente composto por Chefes de Estado e de governos africanos, estava em cima da mesa, a questão do Acordo de Comércio Livre no continente. Ractificado apenas por 22 países, o acordo ainda está no campo das ideias, contudo, há unanimidade de que é preciso avançar na sua concretização, para o bem do continente.
"Temos que fazer este Comércio Livre em África um sucesso e se temos de fazer isto, podemos contar com os nossos parceiros dos EUA que já estabeleceram áreas de Comércio Livre há bastante tempo. África ainda é nosso nesse bloco, mas estamos determinados e queremos fazer avançar uma África melhor e tenho a certeza de que, daqui, se criarmos fortes parcerias, poderemos ver muitos benefícios", disse o Rei Mswati III (E-Swatini).
"Se chegarmos a abrir todo o mercado continental, nos vai permitir entrar num mercado mais amplo e isso nos vai permitir que o governo possa combater fortemente o problema de desemprego, o problema da pobreza, etc", afirmou Teodore Obianga, vice-presidente da Guiné Equatorial.
E para a materialização eficaz da visão e objectivos do acordo do comércio livre, é preciso que haja união entre os países africanos.
Para Hage Gengob, Presidente da Namíbia "a união é muito importante, se África poder falar numa única voz, isso vai trazer um impacto".
Já o Presidente do Zimbabwe Emmerson Mnangagwa assegurou que "se estivermos unidos podemos nos ajudar a desenvolver e modernizar as nossas economias. Acredito que a zona de comércio livre é um passo em frente que é necessário para África, neste caminho podemos nos relacionar com outros parceiros, com mais força e dignidade.
Paralelamente, há trabalho de base que deve ser feito, para que os resultados sejam tão efectivos quanto os desejados.
"O acordo de comércio livre terá sucesso, apenas, se nós, como países africanos desenvolvermos capacidades produtivas e criarmos mercado para o comércio. Isso será crucial para a criação de postos de emprego e redução da pobreza no nosso continente", disse Edgar Lungo, Presidente da Zâmbia.