É a quarta vez, em 42 anos de independência, que a população vai ser contada. O Recenseamento Geral da População e Habitação, que inicia na próxima terça-feira, 1 de Agosto, e decorre até ao dia 15 do mesmo mês, visa recolher informação sobre o número de habitantes, idade, sexo, grau de parentesco, línguas faladas, locais de residência, bem como as condições em que as pessoas vivem.
Este ano, o Instituto Nacional de Estatística (INE) – que dirige o processo – prevê registar 27,1 milhões de habitantes. O último censo, realizado em 2007, apurou que éramos 20,8 milhões, o que quer dizer que a população aumentou cerca de seis milhões em dez anos.
A estimativa é calculada a partir dos dados de 2007, usando fórmulas matemáticas habituais neste tipo de cálculos estatísticos. “O censo representa uma importante fonte de informação sobre a população e fornece aos órgãos públicos, decisores e ao sector privado um perfil detalhado que guie a provisão de serviços”, explica, em comunicado, o INE, acrescentando que outra vantagem é o mapeamento geográfico, que servirá de base de amostra para estudos estatísticos a serem realizados antes do próximo censo.
O quarto censo vai custar 75 milhões de dólares (quatro mil e quinhentos milhões de meticais, ao câmbio do dia), dos quais 45 milhões de dólares (dois mil e setecentos milhões de meticais) serão usados durante o processo.
O dinheiro é assegurado pelo Governo e parceiros internacionais, incluindo o Banco Mundial.
Recolha de dados porta-a-porta
À semelhança dos censos passados, a recolha de dados do censo de 2017 será porta-à-porta, assumido como método eficaz para chegar a todos os agregados familiares. Para esta tarefa, foram mobilizadas cerca de 120 mil pessoas, entre inquiridores, recenseadores, controladores, guias e motoristas, os quais foram capacitados para a identificação e recolha de dados das famílias, a partir do próximo dia 1 de Agosto.
Censo prolonga férias escolares
De modo a permitir uma recolha mais exaustiva de informação e que os professores e alunos participem no quarto censo da população, o Ministério da Educação prolongou as férias escolares.
Em consequência disso, o ano lectivo de 2017 vai terminar a 28 de dezembro e não em novembro, como tradicionalmente acontece. Aliás, foi devido ao censo que, este ano, as aulas arrancaram mais cedo, a 20 de janeiro, e não em fevereiro, como habitualmente.
O terceiro trimestre vai decorrer de 21 de agosto a 24 de novembro, sendo que as matrículas para os novos ingressos na primeira classe serão realizadas de 20 a 24 de novembro e, para a 7.ª classe, de 27 a 29 de novembro.