O Governo actualizou, hoje, o número de deslocados em resultado do terrorismo em Cabo Delgado e instabilidade na zona centro do país. Do mês passado a esta parte, mais de 60 mil pessoas fugiram da violência terrorista em Cabo Delgado e na zona centro.
São dados alarmantes. No mês passado, concretamente no dia 10, o primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário disse, no parlamento, que a violência armada em Cabo Delgado e na zona Centro do país tinha causado um pouco mais de 661 mil deslocados.
Entretanto, os recentes ataques a Palma, a 24 de Março, fizeram disparar o número de deslocados para 723. 042 pessoas, o que quer dizer que mais 62 042 moçambicanos abandonaram as suas casas devido à insegurança.
“Estes dados são até o dia 18 de Abril, isto é, domingo passado, a maior parte dos deslocados 714. 316 são resultado dos ataques terroristas em Cabo Delgado e os restantes 8 726 resultantes dos ataques na zona centro do país”, precisou Filimão Suaze, porta-voz do Governo.
Noutro desenvolvimento, Suaze avançou que o executivo Governo apreciou e aprovou um acordo de crédito e outro de financiamento para as áreas de mudanças climáticas e protecçao social.
“Trata-se da resolução que ractifica o Acordo de Crédito FI nº 91085, celebrado entre o Governo de Moçambique, o Banco Europeu de Investimento (BEI), no dia 23 de Novembro de 2020, em Maputo, no montante de 100.000.000, 00 (cem milhões de euros), destinados ao financiamento da resiliência climática”, disse o represente para depois esclarecer que “este valor será destinado para o território nacional como um todo, com enfoque às regiões quem têm sofrido de forma intensa os efeitos das mudanças climáticas, como é o caso da Cidade da Beira.
Outra resolução ractificada é o Acordo de Donativo TF0B4885 celebrado entre o Governo de Moçambique e o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e a Associação de Desenvolvimento Internacional (IDA), no dia 22 de Fevereiro de 2021, em Maputo, no montante de USD 26.200.00 (Vince e seis milhões, duzentos mil dólares americanos), destinados ao terceiro financiamento adicional para o Projecto de Protecção Social”.
Ainda na 13ª sessão ordinária do Conselho de ministros apreciou as informações sobre o balanço e perspectivas da aplicação das medidas sobre prevenção do COVID-19 e seu impacto para a economia do país; o balanço da veda da pescaria de camarão de superfície, no banco de Sofala, Baía de Maputo e foz do Rio Limpopo e electrificação dos postos administrativos.
No encontro, apreciou-se a informação sobre a segunda fase do PRAVIDA, um programa que já beneficiou 1.7 milhões de pessoas.
Na sessão foi também aprovada a resolução que nomeia Lourino Alberto Chemane para o cargo de Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Tecnologias de Informação e Comunicação, INTIC.