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CEDEAO exige aos regimes militares “transições realistas e a curto prazo”

Os chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), apelaram ontem aos militares no poder em vários países na região para fazerem “transições de curto prazo” para o regime constitucional.

A CEDEAO apela “a um diálogo renovado com os países sob regime militar, com transições realistas e planeadas a curto prazo”, disse o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, que lidera rotativamente a CEDEAO, no final da reunião em Abuja, que contou com a presença do chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e que decidiu manter as sanções impostas depois do golpe de Estado no Níger, escreve a Angop.

Dos quinze países-membros da CEDEAO, quatro são governados por líderes militares que chegaram ao poder através de golpes de Estado desde 2021: Mali (2021), Guiné (2021), Burkina Faso (2022) e Níger (2023), recorda a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), salientando que estes países não estão representados na cimeira e que o primeiro-ministro do Níger no exílio, Ouhoumoudou Mahamadou, foi convidado a participar, para mostrar uma posição firme do bloco regional face ao regime militar no poder em Niamey.

A cimeira de Abuja representa mais um apelo à transição para o regime democrático no Níger, e surge depois da reunião extraordinária de 26 de Julho, quando, na sequência golpe de Estado que derrubou o presidente eleito Mohamed Bazoum, a organização impôs pesadas sanções económicas e financeiras ao país e ameaçou intervir militarmente para restabelecer a ordem constitucional, o que ainda não aconteceu.

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