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Caso de agressão à aluna foi submetido à Polícia

O caso do aluno que agrediu sua colega em Ressano Garcia já foi submetido à Polícia. Os encarregados de educação dos alunos dizem que foi tudo uma brincadeira e só tiveram conhecimento do caso através das redes sociais.

Um novo vídeo divulgado esta sexta-feira mostra a outra parte da história, na qual os dois alunos parecem estar a brincar. De seguida, o rapaz partiu para a violência, tendo dado uma rasteira à colega, que bate a cabeça na carteira antes de chegar ao chão e ficar imobilizada. Pouco tempo depois, a menina levantou-se e voltou a brincar.

O facto é confirmado pelos encarregados dos dois alunos envolvidos que, na tarde de quinta-feira, estiveram reunidos com a direcção da escola que decidiu expulsar o agressor.

Mas a punição pode não terminar por aí, segundo contou ao “O País”, o encarregado da vitima.

“Eu penso que o problema não terminará por aqui porque já se elaborou o auto, para prosseguirmos com o processo e neste momento está na esquadra, mas não é isso que queríamos”, disse o encarregado da menina, numa chamada telefónica.

A mãe do jovem que agrediu à menina pediu perdão à família da vítima e diz estar desesperada com a punição do filho e surpresa porque nunca tinha visto um comportamento agressivo por parte do seu filho de 18 anos.

“Ele sempre foi um bom menino, não bebe, não fuma e, como ele a colega contam, estavam a brincar e não esperavam que o caso tomasse essas proporções. O que me deixa sem forças agora é o facto de o expulsarem da escola, podiam tentar educá-lo ou puni-lo como seu filho, para que ele deixe esse comportamento”, lamentou Rute Tivane.

As reacções sobre o caso chegam de todo o lado, e a presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique, Ferroza Zacarias, diz que a pena aplicada é pesada e não é educativa.

Para a jurista, correm dois riscos, o primeiro de se transformar o aluno num “marginal” por lhe estar a ser tirado o direito a educação e o segundo que se crie um ser-humano sem nenhuma sensibilidade, por não estar a ser dado o devido seguimento ao caso.

Sobre a vítima, a família diz que não apresenta nenhuma anomalia, mas para todos efeitos, na manhã desta sexta-feira foi levada ao hospital para observação.

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