A Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano referiu-se, esta sexta-feira, em Maputo, ao papel que a escola deve desempenhar para que o livro e a leitura sejam factores de desenvolvimento intelectual dos alunos.
O livro é um instrumento fundamental para a aprendizagem, para o desenvolvimento cognitivo, intelectual e cultural das crianças, jovens e adultos. Por isso mesmo, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano não deixou passar a efeméride do Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor em branco. Na Escola Solidariedade, Bairro Mavalane, na Cidade de Maputo, Carmelita Namashulua dirigiu-se aos alunos, pais e encarregados de educação e aos professores, de modo que todos colaborem na promoção da leitura.
Namashulua disse que o MINEDH está alinhado ao mundo na assunção de que o livro é um instrumento fundamental para o exercício da cidadania, dos direitos civis, políticos e sociais, razão pela qual concebeu o Plano Nacional de Acção de Leitura e Escrita, com o objectivo de promover a melhoria dos níveis de aprendizagem da leitura e escrita, através da criação de condições favoráveis para o desenvolvimento do gosto pela leitura na escola, na família e na comunidade.
Nessa perspectiva, o MINEDH, em coordenação com os Serviços Provinciais de Assuntos Sociais e os seus parceiros de cooperação, tem capacitado promotores de leitura e escrita nas escolas para que possam contribuir na dinamização do hábito de leitura e escrita dos alunos, com o envolvimento dos Conselhos de Escola entre outros membros da comunidade escolar. “Queremos convidar, mais uma vez, aos professores, pais e encarregados de educação para que ofereçam livros às crianças, criem nelas o hábito de frequentarem as bibliotecas, contribuindo assim para a criação do gosto de leitura na escola, em casa, na comunidade e em todos os locais”.
Na véspera do Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor, esta sexta-feira, dia 22 de Abril, na Escola Solidariedade, no Bairro Mavalane, a Ministra Carmelita Namashulua disse ainda que incluir o livro e a leitura no dia-a-dia do aluno, na rotina familiar e na comunidade de leitores é um contributo essencial para fortalecer a unidade na diversidade cultural do povo moçambicano, considerando o rico mosaico cultural e linguístico do país.
Discursando na Escola Solidariedade, Carmelita Namashulua observou que os livros e a leitura constituem ferramentas importantes para a aprendizagem, já que facilita o trabalho dos professores no desenvolvimento das actividades pedagógicas: “um aluno que lê vários livros desenvolve os seus conhecimentos com muita facilidade e amplia a sua cultura geral, tornando-se criativo e inovador e passa a utilizar de forma efectiva a informação em todas as dimensões da vida”. E, dirigindo-se directamente aos alunos, disse: “Meninos, quero aqui exortar a todos vós para se empenharem e massificarem o hábito de leitura, pois é através dela que logramos vários benefícios, como sejam a ampliação da capacidade de aprender mais, aumenta o coeficiente de inteligência, aumenta a cultura geral e desenvolve a capacidade de busca de soluções para a vida no dia-a-dia. Um aluno que lê aprende com muita facilidade, daí que tira boas notas, fica sempre em vantagem do que aquele que não lê”.
Para a Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, é importante que a escola coordene acções ou crie lugares dedicados à leitura, ou clubes de leitura nos espaços escolares ou perto que incentivem a leitura e escrita, com os animadores, para que se possa estabelecer uma articulação entre a escola e as famílias, grupos de interesse e outras instituições.
Por fim, sublinhou a Ministra, “este dia especial da leitura e do livro, queremos render homenagem aos nossos percursores da arte de escrever e não só, designadamente, António Rui de Noronha, Noémia de Sousa, Rui Nogar, José Craveirinha, Marcelino dos Santos, Luis Bernardo Honwana, Machado da Graça, Fátima Langa, Mia Couto, Ungulani ba ka Khosa, Paulina Chiziane, Calane da Silva, entre outros”.