O vice-ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alisson, reconhece que há problemas para a emissão das cartas de condução, mas garante que a situação já está a ser ultrapassada com a descentralização dos serviços para as escolas de condução, que consistem em as escolas fazerem a captação de dados biométricos e marcação de exames.
Com a descentralização desses serviços, segundo o governante, uma das melhorias registadas é a redução dos processos que há muito estavam pendentes. Por exemplo, na Província de Maputo, havia cerca de três mil processos e com a implementação desse modelo, os números caíram para 1500, e espera-se, nos próximos três meses, que os números baixem mais.
Por isso, considerou a solução que já está ser implementada, na Cidade e Província de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala e Nampula, eficiente, contribuindo, assim, para a celeridade na emissão desses documentos.
“Neste momento, as escolas têm uma porção muito grande de responsabilidade para fazer a marcação dos exames, e isso de alguma forma faz parte da obrigação do Instituto Nacional de Transportes Rodoviários (INATRO), de fazer a descentralização e permitir que as escolas assumam esta responsabilidade e com base nesta actividade estamos a conseguir ver grandes melhorias”, disse.
Amilton Alisson falava após uma visita à delegação do INATRO na Matola, na Província de Maputo, onde interagiu com alguns utentes, que, na ocasião, se queixaram da lentidão para obter a carta de condução; há quem chegou a dizer estar neste processo desde 2020, ou seja, há três anos.
A fonte reconheceu a culpa, isso porque, conforme justificou, os sistemas do INATRO estavam ineficientes, as escolas não canalizavam os processos a tempo.
Mas, da visita, Alisson fez balanço positivo e viu melhorias nos serviços: “Saio com boa impressão, a digitalização é um processo irreversível e, à medida que o INATRO se vai digitalizando, os utentes vão tendo melhor proveito da economia digital, e também a própria instituição porque há trabalhos que eram feitos humanamente e já conseguimos libertar algum recurso humano para atender a outras actividades”.
Acrescentou que outra melhoria é no processo de renovação das cartas, em que os utentes levam, em média, três minutos para ter o processo finalizado e para ter a carta de condução temporária.
MTC REAGE AO ALUGUER DE AUTOCARROS DA EMTPM
Sobre o aluguer de viaturas da Empresa Municipal de Transportes de Maputo, o número dois do Ministério dos Transportes e Comunicações, “passou a batata quente” para o Município de Maputo.
“Sobre o aluguer de viaturas, o Município [de Maputo] está melhor posicionado para responder; o que o Ministério está a fazer é criar ambiente para que seja o Município, seja o sector privado, encontrem as plataformas necessárias para poder incrementar os meios, mas também melhorar a eficiência dos meios que já existem.”
Outrossim, disse que o Estado está agora a apostar não só no transporte rodoviário, mas também no ferroviário e para o caso de algumas províncias já está a ser feita a entrega de alguns meios fluviais.