Mais de 200 camionistas de transporte de carga paralisaram, esta tarde, as actividades, ao longo da Estrada Nacional Número 1 em reivindicação de melhores condições de trabalho e contestar alegadas ilegalidades perpetradas pelos seus patrões.
A zona de Bobole, no distrito de Marracuene, foi o local escolhido pelos grevistas para reivindicar os seus direitos. Sem obstruir a via, os mais de 200 camiões perfilaram nas bermas da principal estrada de que liga o país numa extensão estimada de 3km.
“Estamos a reivindicar os nossos direitos. Os nossos salários são baixos, quando fazemos viagens longas para países como Zâmbia dão-nos um subsídio de 3 mil meticais sabendo que ficamos muitos dias na estrada”, disse António Ferro, presidente da Associação de Motoristas para depois continuar.
“Quando há deficiência nos pneus, a multa recai nos motoristas, quando a polícia de trânsito nota a falta de extintor as multas recaem no motorista e não no dono do camião, isso não está certo”, explicou.
Outro motorista pediu intervenção ao mais alto nível para a resolução das suas inquietações.
“Solicitamos a presença do ministro do sector e o presente da FEMATRO. Eles devem vir e resolver os nossos problemas”, disse.
A mando do governador da Província de Maputo, foi destacado para o local, o director provincial dos transportes que esteve a dialogar com os motoristas.
“Ficamos felizes porque a informação que recebemos é que estava a haver obstrução da via e uma confusão. Mas quando chegamos notámos que a reivindicação é pacífica. Acordamos que como governo iremos aproximar as partes para que possa haver um diálogo construtivo para a resolução do diferendo”, disse o dirigente.
Os grevistas reiteraram que só irão abandonar o local quando as suas reivindicações forem satisfeitas.