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“Cabe aos governos locais decidir sobre agravamento da tarifa de transporte”, diz Abdulai

O ministro dos Transportes e Comunicações remete aos municípios, distritos e províncias a responsabilidade de decidir sobre o agravamento ou não da tarifa de transporte público. Desde a subida do preço do combustível, transportadores de cinco cidades já paralisaram actividades exigindo reajuste da tarifa.

O Governo anunciou a subida do preço do combustível e não tardaram vozes, descontentamentos e manifestações dos transportadores de passageiros, alegando a insustentabilidade do negócio. Aliás, a FEMATRO chegou a dizer que alguns poderiam abandonar a actividade.

A última paralisação foi na Cidade de Tete, mas nas últimas duas semanas, transportadores semi-colectivos de passageiros entraram em greve em cinco capitais provinciais exigindo o agravamento da tarifa.

Houve paralisações em Nampula, Beira, Inhambane, Tete e Cidade de Maputo e o Executivo, que diz saber do problema, sacudiu esta quarta-feira o capote, afastando de si, toda e qualquer responsabilidade de decidir sobre a subida da tarifa.

“Esta questão de subida de preço está a ser gerida. Nós temos estado a acompanhar e a dar os nossos subsídios, como Governo Central, aos poderes locais ao nível da província, a pressão que está haver em torno da subida do preço de transporte distrital e a nível municipal também a gestão está a ser feita da mesma forma”, revelou o ministro dos Transportes e Comunicações, Janfar Abdulai, justificando que se está a efectivar a questão de descentralização em termos de poder. “Nós, como Governo Central, temos estado a acompanhar e dar subsídios.

E o subsídio a que o ministro dos Transportes e Comunicações se refere é um aumento que não seja um fardo para os passageiros. “Meio-termo seria o operador não se sentir desincentivado em pôr o seu meio a operar, mas o cidadão, esse, não pode ficar mais penalizado e daí o diálogo permanente do lado do Governo e agente privado que é o operador é fundamental”, esclareceu o ministro dos Transportes e Comunicações, que acrescentou que as decisões são tomadas pelas assembleias municipais e provinciais de acordo com as condições lá existentes.

Na terça-feira, o Governo provincial de Inhambane decidiu pelo agravamento da tarifa de transporte semi-colectivo de passageiros a partir dia 10 de Abril, um reajuste de 1.5 meticais em cada quilómetro percorrido.

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