O Bus Rapid Transport (BRT) só vai entrar em funcionamento entre 2026 e 2027. A Agência Metropolitana de Transporte diz que arrancam, este ano, as obras de reabilitação e ampliação da Julius Nyerere e, no final do próximo ano, chegarão 120 autocarros para a operacionalização do projecto.
Recentemente, o Conselho de Administração do Banco Mundial aprovou uma doação de 250 milhões de dólares para financiar a implementação do BRT. O responsável é a Agência Metropolitana de Transporte (AMT).
Agora, a AMT diz já ter um cronograma para a implementação de uma das cinco rotas do BRT. Trata-se da Rota Anjo Voador–Magoanine. “O BRT vai ser uma linha dedicada exclusivamente ao transporte público e, desse ponto de vista, vamos adquirir também 120 autocarros para fazer o transporte deste corredor de cerca de 22 quilómetros, começando pelo Anjo Voador, Praça dos Trabalhadores até à Praça da Juventude e, depois, tem a sua ligação com Missão Roque, Zona Verde, Marracuene e Albazine”, explicou António Matos, PCA da AMT.
Na verdade, as faixas exclusivas serão só da Baixa até Magoanine e as outras vias serão mistas, ou seja, as faixas de rodagem serão partilhadas entre carros particulares e de transporte público.
Nas condições em que se encontra a avenida Julius Nyerere, não seria possível implementar o BRT, daí que, ainda este ano, vão começar as obras de reabilitação e ampliação desta e mais vias. O arranque está previsto entre Novembro e Dezembro.
“Vamos começar pelas obras por serem o mais importante, mas vamos formar também os homens e preparar as infra-estruturas das vias, isso tudo já está no plano”, explicou.
O plano indica que, em finais do próximo ano, já deverão chegar os 120 autocarros que serão comprados para alimentar estas vias. Um dado importante é que o projecto só vai começar a ser utilizado pelos passageiros entre 2026 e 2027. Mas, atenção, “isto é por onde vamos começar, mas um BRT só não é suficiente. Queremos cinco corredores, isso numa primeira fase. Depois começaremos a pensar em transporte ferroviário”.
De acordo com o PCA da Agência Metropolitana de Maputo, a implementação do projecto todo vai até 2035, sendo que o financiamento para as outras rotas está a ser mobilizado junto de outros parceiros, como, por exemplo, o Banco Africano de Desenvolvimento.