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 Há crianças em risco de perder o ano lectivo em Gaza 

Há crianças que correm risco de falhar ingresso à escola e outras o regresso às aulas, por falta de dinheiro, em Muawasse, no distrito de Limpopo, na província de Gaza. A população acusa a direcção da escola local de cobrar taxas e pagamento de guarda para se ter acesso à vaga. O sector da educação repudia a situação e promete investigar.

Na comunidade de Muawasse, no distrito de Limpopo, várias crianças em idade escolar podem ficar fora do sistema de ensino, porque os pais e encarregados de educação não têm dinheiro para o pagamento das taxas de guarda, exigido pela direcção da Escola Básica de Muawasse.

Maria Madalena, 46 anos de idade, vive no bairro 1 de Muawasse e pratica agricultura para a sua sobrevivência. Disse que não conseguiu juntar dinheiro, por isso, desconhece o aproveitamento dos seus filhos referente ao ano passado.

Maria Filomena é outra encarregada de educação que se queixa de estar a ser cobrada dinheiro e ainda não sabe ao certo se vai ou não levar os filhos à escola.

Safira e Nélia frequentam a segunda e nona classes, respectivamente. No futuro, o sonho é de ser professora, mas estão preocupadas, porque não sabem se voltarão à escola. 

O pagamento da taxa do guarda, imposta pela Escola Básica de Muawasse, preocupa a comunidade.

O Director Provincial de Educação, Ferrão Bambo, explica que as taxas de que os pais e encarregados se queixam são legais, mas esclarece que a falha da Escola Básica de Muawasse é a ameaça de impedir os alunos de ter acesso às aulas.

Em Gaza, mais de 14 mil alunos continuarão a estudar debaixo das árvores, devido à falta de salas de aula ou degradação de algumas delas.

A Escola Básica de Muawasse, por exemplo, tem 10 salas, construídas com material misto, e alberga uma média de mil alunos, divididos em dois períodos.

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