Dois dos cinco ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal votaram, nesta terça-feira, pela condenação do antigo presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma organização criminosa, que tentou dar um golpe de Estado, após as eleições de 2022.
O primeiro voto foi do relator do caso, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que levou cinco horas para apresentar sua decisão, esta terça-feira. Moraes afirmou que Bolsonaro tentou “impedir o pleno funcionamento dos poderes constituídos, especialmente o Judiciário, e evitar a posse do governo eleito”.
Depois, seguiu o ministro, Flávio Dino, com mais um voto contra Bolsonaro, afirmando que os crimes contra a democracia não podem ser amnistiados pela Constituição.
Dino reforçou que a justiça brasileira não teme sanções externas por estar a cumprir a lei.
O senador, Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, reagiu com veemência a estas decisões, denunciando o caso como “fraude processual” e uma suposta “farsa” promovida por Moraes.
Nos próximos dias, espera-se os votos dos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Se confirmada a maioria pela condenação, o julgamento segue para a definição das penas.