O Banco Nacional de Investimentos considerou que não fazem sentido as reclamações das escolas privadas, segundo as quais os requisitos de acesso ao financiamento são proibitivos.
É que no dia 13, no quadro da reportagem no “O País”, sobre a crise causada pela pandemia para as escolas privadas, Lídia Rita, gestora do Colégio Nhamunda, disse em representação do Fórum das Escolas Privadas de Maputo e Matola que “ninguém (escolas privadas) está a conseguir porque um dos critérios é que o requerente não pode ter um nível de endividamento na banca e, depois, querem garantias colaterais numa situação em que quase todos nós funcionamos em instalações arrendadas”. Ora, para a direcção do Banco Nacional de Investimentos estas palavras “não fazem sentido”, até porque “não há condições proibitivas, sobretudo para as escolas que são as mais elegíveis, por um lado e por outro lado é que do ponto de vista do banco no que diz respeito aos níveis de risco os bancos ficam mais confortáveis porque as escolas são um excelente negócio”, disse Tomás Matola, Presidente do Conselho Executivo do BNI, justificando que “nós sabemos que assim que a situação retomar a normalidade, as escolas vão pagar o dinheiro”.
Dito de outra forma, o BNI está a esclarecer que o acesso a esse dinheiro requere paciência porque os pedidos ainda estão a ser analisados. Os pedidos das escolas privadas representam sete por cento das mais de 900 solicitações de financiamento que a instituição recebeu no quadro do fundo de alívio para micro, pequenas e médias empresas dos impactos da Covid-19. O banco adianta ainda que já aprovou pedidos de financiamento de cinco escolas, nomeadamente três situadas na cidade de Maputo, uma de Nampula. Alerta por outro lado que as universidades acabam por estar em desvantagem, relação as escolas do ensino geral, por serem classificadas como grandes empresas.