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FDC diz que fraco financiamento dificulta inclusão da mulher na economia

A falta de acesso ao financiamento para investir em negócios, as dificuldades na importação de mercadorias e o assédio barram a inclusão da mulher no sector económico. A constatação é da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, que defende medidas para reverter o cenário.

Depois de realizada a primeira Conferência Anual das Mulheres na Economia, em Junho deste ano, a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade e outras organizações da sociedade civil juntaram-se na mesma sala, esta quinta-feira, para, mais uma vez, discutir os desafios da inclusão financeira.

“As mulheres não têm acesso ao crédito bancário e muitas vezes se sentem obrigadas a recorrer a outros mecanismos de financiamento, tal é o caso de agiotas ou microbancos, que não trazem vantagens”, disse Joaquim Oliveira, que falava em representação do FDC.
O assédio e os estereótipos sociais são outros problemas que limitam o acesso da mulher ao financiamento e que dificultam a sua inclusão na economia.

“Há também dificuldades relacionadas com a importação de mercadorias, no caso de vendedoras informais, porque muitas das vezes são perseguidas. Parece haver um discurso para incentivar o empreendedorismo e o auto-emprego, mas os sistemas não estão preparados para integrá-las e acompanhar a sua participação na economia”, acrescentou Oliveira.

A sociedade civil defende que é urgente permitir que haja mais mulheres na economia.

“A inclusão financeira é importante, no sentido de que ela possibilita o acesso a serviços básicos e importantes, não só para a economia geral, mas também individual”, referiu Cláudia Agostinho, representante da FSD Moçambique.

Para incluir mais mulheres no sector económico, os intervenientes defendem que as acções de educação financeira devem ser mais concretas, de modo a garantir a sua emancipação.

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