O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) pede desculpas aos cidadãos moçambicanos e estrangeiros pela má postura dos agentes da Polícia. Bernardino Rafael compromete-se ainda a continuar implacável no combate a comportamentos desviantes.
O Ministério do Interior promoveu, esta quinta-feira, 461 oficiais superiores da República de Moçambique, dos quais 163 oficiais superiores, 181 oficiais subalternos e 117 sargentos. Três deles passam à reserva.
Durante a cerimónia de patenteamento, o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique pediu desculpas aos cidadãos nacionais e estrangeiros pela má actuação dos agentes da Polícia.
“Queremos pedir desculpas a todos os moçambicanos que já foram vítimas de crimes cometidos por agentes da Polícia da República de Moçambique – vergonhosamente, aqueles que deviam ter garantido a segurança dos moçambicanos. Nós prometemos cumprir a purificação das fileiras, naquele que é o comando do comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança, que nos atribuiu e nos orientou aquando da realização do último conselho coordenador do Ministério do Interior”, desculpou-se o comandante-geral da PRM.
Bernardino Rafael falou ainda dos resultados dos 20 dias da operação Zalala, lançada com o objectivo de garantir a protecção da população na quadra festiva, sobretudo no que toca aos acidentes de viação.
“Continuamos com o desafio da educação vial, para que os utentes da via respeitem, primeiro, a vida deles, e também os meios que têm. Nós devemos respeitar aqueles que estão a entrar no nosso país, desde os mineiros, que são a maioria nesta altura, até aos turistas, em obediência ao nosso plano Zalala”, disse.
A ministra do Interior, durante a sua intervenção, dirigindo-se aos novos oficiais, exigiu prontidão, zelo e respeito pelo juramento de proteger a população e os seus bens.
“A integridade, a prontidão para servir e não para se servir e agir sempre com precisão deverão constituir a vossa marca, para que esta promoção faça sentido, tanto para o público interno, bem como para o externo”, instou Massingue.
Arsénia Massingue disse ainda que o juramento feito só fará sentido se for transformado em acções concretas, que façam diferença na resolução das preocupações dos cidadãos.
Aos que passaram à reserva, Arsénia Massingue apelou para que estejam dispostos a responder ao chamamento para a defesa da pátria, como fizeram durante os anos em que serviram a corporação.