O bebé de sete meses que acusou positivo para a COVID-19 na cidade da Beira, em Sofala, de acordo com dados anunciados pelo Ministério da Saúde, no passado dia 11 deste mês, e a mãe do mesmo, continuam em parte incerta.
Face a isso as autoridades já aventam a possibilidade de avançar para a testagem massiva na área onde o caso foi diagnosticado e a progenitora do bebé poderá ser responsabilizada pelo Estado, porque neste momento tudo aponta que ela adulterou os dados que forneceu ao centro de saúde onde ocorreu a testagem.
Stella Zeca, secretária do Estado da província de Sofala, que hoje começou por lançar apelos a todos os moçambicanos para ajudar a localizar as duas pessoas, indicou que as autoridades já estão a equacionar a possibilidade de avançar para a testagem massiva na área onde o caso deste bebe foi diagnosticado, neste caso na Praia Nova, segundo os dados que a mãe deixou ficar na unidade sanitária onde foram colhidos os testes.
“Será um grande desperdício de material e tempo, mas não temos alternativa, pois não temos como rastrear os contactos, daí que queremos apelar a todos que nos ajudem a localizar a senhora e o bebé, porque os dados fornecidos foram aparentemente falsificados e isso é passível de responsabilização. O rastreio é uma medida de vigilância apesar de não ser agradável para algumas pessoas, mas trata-se de uma questão de saúde pública, por isso cada um de nós deve assumir a responsabilidade e colaborar para pararmos a disseminação da COVID-19”.
Entretanto os primeiros resultados das cerca de 100 amostras recolhidas na semana finda pelo Ministério de Saúde, referentes a contactos dos primeiros casos da Beira, estão a apresentar resultados negativos, facto que fez crer a secretária do Estado que as medidas de prevenção estão a surtir efeitos.
“Podemos fazer referência a criança de 10 anos do centro de Saúde de Mutua. A mãe e o irmão tiveram resultados negativos.
Aguardamos ainda os resultados do pai da criança que normalmente só vai a Mutua aos fins-de-semana, visto que trabalha na Beira, daí que as amostras do mesmo foram recolhidas a posterior”.
A secretária do Estado de Sofala, falava à imprensa ontem, no final da reunião semanal do comité operativo de emergência de saúde pública no âmbito de prevenção da COVID-19.