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Banco Mundial (também) corta PIB de Moçambique

Um mês depois do Fundo Monetário Internacional (FMI) ter cortado o crescimento do Produto Interno (PIB) de Moçambique para 1.8%, o Banco Mundial seguiu a mesma linha, ao rever o nível de incremento da economia para 2%, menos 1,5 pontos percentuais que a previsão de Janeiro.

“A região do sudeste da África foi atingida por dois devastadores ciclones tropicais, Idai e Kenneth, em Março e Abril deste ano, que tiveram forte impacto na vida humana e causaram sérios danos à infra-estrutura social e económica das Ilhas Comores, Malawi, Zimbabwe e, em particular, Moçambique ”, escreveram os analistas no relatório “World Economic Forecasts”, publicado semana passada, em Washington.

“As importações de bens de capital relacionados aos grandes projectos de investimento em infra-estrutura têm contribuído para o crescimento dos déficits orçamentais em alguns países da região”, refere o Banco Mundial.

No caso de Moçambique, “o déficit aumentará ainda mais durante os efeitos dos ciclones devido ao enfraquecimento das exportações de materiais agrícolas e às altas importações de material de reconstrução e ajuda”.

Os analistas económicos desta instituição financeira internacional, apontaram que a pressão relacionada à realização de eleições gerais de Outubro próximo, não ajuda a situação financeira do país, que, assim como outros países, está em dificuldades financeiras que podem ser aumentadas devido a vários desenvolvimentos.

No relatório, os economistas do Banco Mundial reduziram a previsão de crescimento da África Subsaariana para 2,9% neste ano, destacando as preocupações com o aumento da dívida pública, a desaceleração dos principais parceiros e dificuldades de financiamento.

Para 2020, o Banco Mundial prevê um crescimento de 3,3% na África Subsaariana, assumindo que o sentimento dos investidores melhorará em algumas das principais economias da região, que a produção de petróleo se recuperará nos grandes exportadores e que o crescimento robusto das economias da região, que consomem menos recursos, será apoiado por uma produção agrícola forte contínua e investimento público sustentado.

 

 

 

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