O Banco Mundial afirmou, hoje, durante uma reunião com o ministro da Economia e Finanças, que o primeiro pacote de financiamento ao Orçamento do Estado deverá ser aprovado até 30 de Junho do ano corrente. Segundo a instituição, as reformas a serem feitas pelo Governo é que vão ditar a amortização da dívida.
Depois do Fundo Monetário Internacional, esta quarta-feira foi a vez de o Banco Mundial vir a público confirmar um pacote inicial de 300 milhões de dólares, que já este ano serão alocados ao financiamento directo ao Orçamento do Estado.
De acordo com a directora da instituição no país, o valor deverá ser aprovado pelo Conselho de Administração do Banco até ao fim de Junho deste ano. Embora acredite que o apoio seja autorizado, Idah Pswarayi destacou a importância da conclusão das reformas que o Governo moçambicano tem estado a desenvolver para recuperar a confiança dos parceiros internacionais.
“A continuidade em torno da transparência e da governação. Este é o aspecto muito questionado pela sociedade civil e pelas pessoas. A segunda reforma é sobre como localizar e apoiar aquelas pessoas vulneráveis. Aquela população que vive em situação de extrema pobreza e que nós queremos ajudar e dar a direcção”, informou Idah Pswarayi, directora do Banco Mundial para Moçambique.
A representante do banco regulador internacional informou ainda que estão em discussão mais dois financiamentos directos ao Orçamento do Estado nos próximos dois anos (2023-2024), num valor ainda não especificado, e que será definido em função das reformas do Governo, com destaque para transparência nas contas e governação.
O Banco Mundial avançou que está a finalizar um projecto em coordenação com o Governo que visa promover o desenvolvimento do país.
“Nós temos vários projectos através dos quais ajudamos a população e o Governo, para promover o desenvolvimento. Neste momento, estamos no processo de finalizar o nosso compromisso com o país, especificamente Moçambique, que nós chamamos de ‘Trabalho de Enquadramento da Parceria Nacional’”, avançou a directora.
Na ocasião, a directora do Banco Mundial afirmou, também, que tem mais 550 milhões de dólares norte-americanos para investir em vários sectores, com destaque para infra-estruturas, educação, energia e saúde.
O Banco Mundial faz parte dos parceiros internacionais que suspenderam ajuda financeira ao país, na sequência do escândalo das dívidas ocultas.