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Banco de Moçambique toma medidas para segurança cibernética

O Governador do Banco de Moçambique diz que a ameaça de ataques cibernéticos é real e que deve haver colaboração de todos. Rogério Zandamela diz que deve haver maior literacia digital dos moçambicanos

O Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, esteve, na noite desta segunda-feira, na cerimónia alusiva à entrada em funcionamento da rede única nacional de pagamentos, que vem modernizar o Sistema Nacional de Pagamentos e dinamizar as transacções electrónicas no país.

No seu discurso, Zandamela avisou que os ataques cibernéticos são um fenómeno real do qual não estamos isentos. “A consolidação desta plataforma requer a colaboração de todos na monitoria permanente dos riscos cibernéticos, tecnológicos, bem como no aumento dos níveis de literatura digital, por forma que toda população possa beneficiar-se deste ganho ímpar no nosso sistema de pagamentos. Os riscos cibernéticos são reais”, alertou Zandamela.

O Governador explicou este fenómeno trazendo o exemplo do que aconteceu no Lesoto. “Vocês devem ter acompanhado o que aconteceu há menos de uma semana ao Banco Central do Lesotho, onde o sistema de pagamento quebrou, paralisou, como resultado de um ataque cibernético e ficaram reféns dos que estão a pedir dinheiro para que o sistema seja restaurado. Por isso, somos todos chamados a colaborar. Foi o banco central, mas podia ter sido uma unidade periférica. Ficaram dias e não sei se já se recuperaram”, contou, frisando que o Banco de Moçambique está em contacto com os homólogos do Lesoto para se inteirar do que está a acontecer.

Diz também que a nova plataforma traz consigo desafios, por isso os bancos e outras instituições financeiras devem estar prontas, quer em meios tecnológicos, quer em humanos, para responder a esses desafios.

“Este processo de migração e integração da nova plataforma acarreta consigo um conjunto de desafios que requer uma pronta e tempestiva resposta de todos nós, por forma a garantir uma comunicação eficiente e eficaz com o público em geral. Isso é muito importante”, frisou Rogério Zandamela, acrescentado que não deve haver “boatos, pois são nocivos e infelizmente isso acontece e não é no interesse de ninguém lançar boatos. Temos todos a obrigação de nos comunicar correctamente com o público no interesse do sistema e no interesse público.”

Rogério Zandamela encorajou ainda a indústria bancária e as instituições de moeda electrónica a “investirem meios tecnológicos e humanos, por forma a responderem eficaz e eficientemente à demanda cada vez mais crescente dos consumidores financeiros nesta era da economia digital”.

REDE NACIONAL DE PAGAMENTOS TEM SUAS VANTAGENS

Numa cerimónia que contou com vários convidados, muitos deles ligados à banca, a presidente da Comissão Executiva da  Sociedade Interbancária de Moçambique, Sariel Nhabinde, disse que a rede única nacional de pagamentos traz várias vantagens e proporciona maior segurança.
O processo de revolução digital na indústria bancária iniciou em 2018. A introdução da rede única materializa os objectivos da criação da Sociedade Interbancária de Moçambique, SIMO, unificando todas as redes de pagamentos electrónicos.

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