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Aumento da insurgência em Cabo Delgado se deve à má assessoria do PR

Filipe Nyusi na União Europeia

Analistas defendem que o terrorismo está a ressurgir em Cabo Delgado porque o Presidente da República, Filipe Nyusi, está a ser mal assessorado. Por outro lado, entendem que o encerramento das multinacionais pode acabar com os ataques.

O artista e membro fundador do Movimento dos Artistas contra a pobreza, Naguib Abdula, esteve lado-a-lado com o comentador habitual ao sábado, António Marques, no Noite Informativa e o terrorismo era um dos principais temas de debate.

Naguib Abdula é do entendimento de que a existência de empresas multinacionais, como a Total, na província de Cabo Delgado, está por detrás do terrorismo. 

Para o comentador do Noite Informativa, a solução viável para reduzir os ataques passa por encerrá-las. 

“Toda a instabilidade que está haver em Cabo Delgado é por causa das multinacionais, por conta de interesses pessoais. Se eu fosse o Presidente da República nacionalizaria tudo e fechava. Se não tem lucro financeiro e social, é só fechar”, disse Naguib Abdula. 

Já para António Marques, a insurgência em Cabo Delgado agrava-se porque o Chefe de Estado, Filipe Nyusi, está a ser mal assessorado. 

“O Presidente tem que ser abanado, com o devido respeito. Eu acho sinceramente que ele está mal rodeado, se não for isso, é que alguns dos assessores dele que saiam”, disse António Marques. 

Um posicionamento que é também partilhado por Naguib Abdula, que fala de má orientação por parte do partido político que é também dirigido pelo Chefe de Estado. 

“Para mim é má orientação. Dentro da luta armada sempre existiu o secretismo, e o problema de Cabo Delgado foi levado na linha do secretismo”. 

Os comentadores do programa Noite Informativa deste sábado, defendem, por outro lado, que deve haver conversações entre o Governo e os insurgentes, para pôr fim aos ataques. 

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