A construção do primeiro dos seis alpendres para albergar os vendedores no Mercado Grossista de Zimpeto, em Maputo, está atrasada, a obra devia ser entregue no dia 6 de Junho, mas a edilidade justifica que a cobertura está a ser produzida na África do Sul.
Até agora, apenas é possível ver pilares perfilados e meia dúzia de trabalhadores, numa empreitada estimada em cerca de 29.761,212,97 meticais, valor disponibilizado pelo Município de Maputo.
De acordo com a placa erguida ao lado da empreitada, as obras têm duração de oito meses, isto é, com início a 6 de Outubro de 2020, devendo ser entregues a 6 de Junho de 2021.
Falta pouco menos de duas semanas para a data prevista para a entrega, mas o primeiro alpendre, correspondente à fase inicial, não está lá.
Os vendedores são os mais prejudicados com o atraso. Amadeu Magaia, chefe do sector de Batatas naquele mercado, deu voz à reclamação dos colegas.
“Nós, como vendedores daqui do mercado, vimos a implantação da obra, só que não sabemos quando teremos a posse para a execução das nossas actividades. O nosso trabalho está a ser feito assim, como estão a ver. Não estamos bem organizados devido à nossa retirada de lá, aqui tivemos de arranjar-nos, isto é, cada vendedor procura um sítio e encaixa o seu camião”, reclamou.
No início do ano passado, o Município de Maputo, liderado por Eneas Comiche, levou a cabo acções de restruturação de grande parte dos mercados e Zimpeto não foi excepção.
As acções visavam, igualmente, criar condições para a prevenção da COVID-19.
Entretanto, os vendedores continuam expostos à contaminação pelo vírus porque não observam o protocolo e ignoram o distanciamento previsto para fazer face à pandemia.
Uma vendedeira que falou ao “O País” em anonimato, descreveu a situação do mercado grossista do Zimpeto.
“Estamos assim mesmo, a prevenir como vês, trabalhamos em péssimas condições, todo o mundo está no mesmo sítio, isto está entulhado e é um risco, mas não temos como, temos de trabalhar”, lamentou.
Portanto, o vereador do Desenvolvimento da Economia Local no Município de Maputo, Danúbio Lado, explicou que a demora na produção das chapas de cobertura, na África do sul, está a contribuir para o atraso das obras e prometeu pronunciar-se, ainda esta semana, para mais detalhes.