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Ataque terrorista ao distrito de Ancuabe desloca cerca de 25 mil pessoas

Foto: VOA

Pelo menos 25 mil pessoas estão deslocadas em Cabo Delgado, na sequência do último ataque terrorista a Ancuabe. Entre os que abandonaram os seus abrigos, estão crianças, idosos e mulheres grávidas. A informação é revelada pela Organização Internacional para as Migrações.

Depois da tempestade vem a bonança, mas depois do ataque terrorista ao distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado, há mais deslocados que não param de chegar, sobretudo, à cidade de Pemba, para se acomodarem em casa de familiares.

“Os ataques terroristas ao distrito de Ancuabe terão deslocado cerca de 25 mil pessoas, principalmente para o distrito de Pemba, mas também para os outros distritos como Chiúre”, revelou Sasha Nlabu, chefe de Programas e Operações na Organização Internacional para as Migrações.

Entre os deslocados, refere a Organização Internacional para as Migrações, há cerca de 1200 pessoas que estão na situação de vulnerabilidade, designadamente, mulheres grávidas, crianças e idosos.

“Do número total dos quase 25 mil deslocados, 56 por cento, o que equivale a mais da metade, são crianças. Em termos de mobilidade das pessoas deslocadas, em resultado do recente ataque, a maioria é transportada em carros particulares e em autocarros. Uma parte significativa das pessoas movimenta-se por si só, ou seja, a pé, para os locais mais seguros”, detalhou Sasha Nlabu.

Mais do que contabilizar o número dos que abandonam as suas casas por conta dos ataques terroristas, a Organização Internacional para as Migrações está a prestar assistência humanitária aos deslocados, fornecendo o básico para sobrevivência. Para isso, conta com o apoio do Governo e outras organizações humanitárias.

“Estamos a distribuir itens de uso doméstico, produtos alimentares, artigos de higiene e sanitários para cobrir as necessidades urgentes e imediatas das pessoas deslocadas”, avançou o chefe de Programas e Operações na Organização Internacional para as Migrações.

Refira-se que o Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres disse estar ainda a analisar a necessidade de criação de bairros de reassentamento para os deslocados que chegam à cidade de Pemba.

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