A Associação Moçambicana dos Cineastas (AMOCINE), o Instituto Superior de Artes e Cultura (IsArc), a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e a NetKanema uniram-se para celebrar a vida e obra do mais importante escultor moçambicano.
A 19 de Fevereiro de 1994, lá vão 27 anos, morreu o mais importante escultor moçambicano: Alberto Chissano. O artista que influenciou e continua a inspirar toda uma geração perdeu a vida depois de ter contribuído, de forma sublime, para a promoção das artes e da cultura moçambicanas. Por isso mesmo, a Associação Moçambicana dos Cineastas, o Instituto Superior de Artes e Cultura (IsArc), a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e a NetKanema uniram-se para realizar um tributo ao longo deste ano.
O tributo iniciou no passado dia 19, data da morte de Chissano, com a disponibilização gratuita de um documentário sobre o grande “mestre”, na plataforma NetKanema. A ideia da organização é que mais moçambicanos tenham a possibilidade de conhecer a obra de Alberto Chissano, cujo talento foi reconhecido por Winnie e Nelson Mandela, quando em 1990 visitaram a sua galeria em Maputo.
Além da exibição do documentário realizado por José Augusto Nhantumbo (Zegó), as entidades que se associaram à causa Chissano vão promover uma série de conversas relacionadas com a vida e obra do escultor, quer ao nível filosófico e académico, quer ao nível social. “Decidimos homenagear o mestre Chissano porque é o nosso maior escultor, uma pessoa que levou o nosso país a uma dimensão muito alta, uma personalidade cuja obra ainda precisa de ser estudada”, afirmou esta terça-feira, na cidade de Maputo, Zegó.
Segundo o realizador, esta foi a maneira encontrada para se repensar Alberto Chissano em várias dimensões. Com efeito, o documentário foi disponibilizado gratuitamente para que sirva de base de reflexão. “O documentário será uma provocação para instigar conversas. Acho que este tributo vai interessar as pessoas da minha e da geração vindoura”.
O documentário baseado em depoimentos da família Chissano e amigos, com recurso a material de arquivo, na verdade, foi estreado há quarto anos. Agora, volta à tela para reanimar uma memória que, segundo José Augusto, deve cantar a obra do escultor de Manjacaze.
Entre as personalidades convidadas ao tributo a Chissano estão Severino Ngoenha, Filimone Meigos, Mussagy Jeichande, Alda Costa e António Sopa.