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Aquilo que o corpo já esqueceu está exibido no Franco-Moçambicano

Inaugurada semana passada, a exposição de Luís Santos, conceptualmente, retrata a relação do Homem com a natureza e do Homem consigo mesmo. A partir do título da individual, o autor insinua que a humanidade já esqueceu-se do contacto mais cru com a natureza. Esta acepção encaixa-se nas preferências do artista plástico, que explica: “Eu gosto de criar algo que desperte um certo interesse visual. A componente estética é importante nesse sentido. Mas, mais do que isso, as peças devem fazer um sentido muito específico. Penso que aqui também trago um conjunto de coisas que podem significar outras coisas”.

A ideia da individual Aquilo que o corpo já esqueceu surge depois de Luís Santos ter exposto uma colectiva com a mulher, ano passado. Nessa altura, Santos apercebeu-se que nunca tinha exposto uma individual a sério. Logo, a partir de Fevereiro, começou a preparar a mostra que está aberta gratuitamente ao público no Franco.

A propósito de mulher, Luís Santos confiou a curadoria da sua exposição à sua esposa, Sara Carneiro, que considera: “Esta exposição retrata os interesses estéticos do Luís, que têm a ver com como ele constrói as obras, as suas influências da arquitectura, do designer, da escultura e das técnicas dos vários materiais. Ele também traz essa nossa relação com a natureza porque cada vez mais está a abrir-se um fosso e afastamento entre aquilo que nós somos, fazemos e aquilo que a natureza criou para ser. Há um bocadinho deste chamamento de termos de voltar para trás e recordar aquilo que o corpo já esqueceu. No fundo é um acto de procurarmos a nossa essência”.

Aquilo que o corpo já esqueceu pode ser visitada de segunda-feira a sábado. Às segundas, das 12h às 19h; de terça a sexta, entre às 10h e às 19h; e, aos sábados, das 10 às 14h.

 

 

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