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Aproximadamente 19 mil latas de sardinha retiradas do mercado

A Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) já retirou do mercado cerca de 19 mil latas de sardinha feitas com base no peixe “pilichards” com deficiências de enlatamento.

A quantidade do produto que foi postos fora de comercialização resulta de um trabalho iniciado semana passada pela INAE na sequência da notificação feita pelas autoridades sul-africanas para a retirada e interrupção da venda daquelas sardinhas.
“Foram cativadas no total 18 983 latas deste produto “pilichards” que é um tipo de sardinha, nas várias delegações, com maior ênfase para a cidade de Maputo que cativou 8 340 latas, seguido de Inhambane com 6 544 cativas.

Depois temos Nampula com 1 117, seguindo-se Sofala com 988 e depois a província de Maputo com 634 salas retiradas do mercado”, explicou hoje Rita Freitas, Inspectora-geral da INAE, numa conferência de imprensa cujo objectivo era fazer o ponto de situação dos trabalhos em curso para evitar que algum moçambicano sofra problemas devido ao consumo daquela sardinha.

Os produtos em causa tem as referências ZST 29 e ZSC 29. Foram enlatados em 2019 pela empresa West Point processors e associados e as 12 marcas “problemáticas” são Deep catch, Mammas, ok housebrand, prime ocean, spar, sunny, shoprite Ritebrand, Cape point, chekers housebrand, U brand, Saldanha e west point.

“Durante o processamento houve uma fase em que não foram cumpridos os procedimentos, que foi especificamente na etapa do enchimento, portanto o enchimento do tomate, assim como do piri-piri e tem outra fase que é a fase do fechamento das latas e isso fez com que o passo seguinte que é da pastorização que é para permitir que o produto consiga ficar o período estipulado para que produto fosse consumido”, disse Lúcia Santos, Directora-geral do Instituto Nacional de Inspecção do Pescado, explicando a real causa do problema.

O Ministério da Saúde, através da direcção de Saúde Pública, reitera o apelo ao não consumo e alerta: “este produto pode provocar cancro”. “Trata-se de uma substância química da lata que está a passar para o produto.

O impacto para a saúde pode não estar visível hoje mas pode ter consequências muito graves a longo prazo. Então é importante que este produto não seja consumido.

Quanto mais ficar armazenado mais a possibilidade de passagem das substâncias químicas da lata para a sardinha, o que vai depois criar-nos problemas mais sérios que podem estar ligados, por exemplo, a problemas como o cancro”, detalhou Ana Cardoso, em representação do MISAU.

INFORMAIS RECUSAM RETIRAR SARDINHA DO MERCADO
Na mesma conferência de imprensa, a INAE congratulou a actitude dos agentes comerciais do sector formal por, alguns, terem tomado a iniciativa voluntária de retirar as sardinhas em causa das prateleiras e esperar a chegada aos inspectores para fazer a sua avaliação.

Mas porque “não há bela sem senão”, por outro lado, estão os informais que tem pautado por uma actitude totalmente contrária. “O sector informal tem muito deste produto e no lugar de recolher e comunicar a INAE eles estão a esconder o produto, daí que o apelo ao consumidor é muito importante para garantir que cada um de nós que trata-se de uma lata de 400 gramas do produto pilichards associado a um destes nomes para que não consuma o produto”, reclamou Rita Freitas.

A remessa destas sardinhas foi mal processada de tal forma que quanto maior for o tempo de conservação, maiores são os perigos para a saúde pública. O destino delas é a incineração.

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