O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu esta quinta-feira, em Abidjan (Costa do Marfim), que África deve ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e uma representação justa nas instituições financeiras internacionais. Costa alertou que, sem reformas, aumentará a frustração global e diminuirá a legitimidade das instituições internacionais.
Ao receber o Prémio da Paz Félix Houphouet-Boigny da UNESCO, Costa sublinhou a importância de uma parceria sólida entre África e Europa e apelou à promoção conjunta dos valores da paz, dos direitos humanos e da justiça.
Criticou ainda as violações de direitos humanos em Gaza, a agressão armada na Ucrânia e os conflitos no Sudão e na República Democrática do Congo, defendendo o diálogo e soluções duradouras para a paz.
Durante a cerimónia, anunciou a doação de 150 mil dólares ao Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, em apoio ao trabalho desenvolvido com pessoas deslocadas e refugiadas em todo o mundo.