O País – A verdade como notícia

Ano lectivo 2019: Mais de 700 mil novos ingressos matriculados

O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano já tem inscritos apenas 746.836 alunos da primeira classe para o ano lectivo de 2019. A informação foi avançada, nesta quinta-feira, em conferência de imprensa pelo porta-voz daquele ministério. 

É um processo que teve o seu início a 01 de Outubro! Mas até agora, são apenas 746.836 crianças, o correspondente a 48.7%, que estão matriculadas num universo pouco mais de um milhão do previsto pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.

Dos alunos já matriculados, a Cidade de Maputo é que está com maior número em todo país, com cerca de 70 por cento de execução, seguida de Sofala com 62.2 por cento e Cabo Delgado com 57.3 por cento, não obstante os ataques que se tem registado naquela província nortenha do país.

Infelizmente, nem todos sítio o resultado é satisfatório. As províncias de Gaza e de Nampula são os que registam menor número de alunos inscritos, com 22.4 por cento e 36.4 por cento, respectivamente e o porta-voz do pelouro da Educação explica as prováveis razões.

“Os pais deixam o processo para o fim. Temos casos em que os pais meteram na cabeça que a criança só pode ir a escola no ano seguinte e estes levam-nas no primeiro dia de aulas porque até a altura que decorrem as matrículas estão empenhados noutros assuntos, mas não podemos descartar a falta de informação sobre o processo”, justificou o porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Manuel Simbine.

Ainda assim, esses dados desanimadores não são suficientes para que o ministério deixe de acreditar que até ao fim do processo terá matriculado o número de crianças previstas que é de 1.534.540 até porque, “estamos a trabalhar e divulgar a informação, incutindo-os a ideia de que as crianças em idade escolar devem próximo ano ir à escola. Aliás, estamos também a usar todas as estruturas que nós temos para garantir que isto aconteça”, avançou Manuel Simbine.

Ainda sobre o ano lectivo 2019, o Manuel Simbine revelou que já foram adquiridos cerca de 14.778.363 livros para o ensino primário que custaram ao pelouro da educação mais de 23 milhões de meticais. Destes manuais, 14.341.863 são para alunos da 1ª e 7ª classes, 274.500 para professores e 162.000 guiões do professor.

Como é de costume, “os livros da 4ª a 7ª classes são um empréstimo, ou seja, o aluno que recebe-os deverá devolver à escola e a estes o MINEDH faz, anualmente, uma reposição de 40%” disse o porta-voz do Ministério da Educação acrescentando que o processo de distribuição do livro para o ano de 2019 iniciou em Novembro último, um mês mais cedo do que sucedeu este ano como uma forma de assegurar que a época chuvosa não comprometa a provisão do livro escolar.

Balanço dos exames do ensino secundário geral

Os exames da primeira época da 10ª e 12ª classe foram realizados no mês passado e o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano faz uma avaliação positiva do processo.

Ainda neste processo, foram também avaliados um total de 138 alunos com necessidades educativas especiais, dos quais 70 com deficiência visual, 85 auditiva e três com deficiência motora. Já na 12ª classe foram 191 alunos com necessidades especiais, 168 com deficiência visual e 20 auditiva e três com deficiência motora.

Sobre a alegada fraude durante o processo do exame, o Ministério da Educação garante que vai averiguar e caso se prove a existência de fraude, os exames poderão ser anulados.

“Ainda não temos evidências de que esses exames são reais. Porque uma coisa que tem que se perceber na nossa sociedade é que no momento dos exames pode haver muita tentativa de burla ao cidadão. É preciso investigar e não só pegar um enunciado que circulou e assumir-se que é aquele exame que realizou-se naquele dia”, refutou Manuel Simbine

O Ministério da Educação garantiu ainda que até amanhã, todas as escolas terão os resultados dos exames afixados para permitir ao alunos irem à segunda época, sabendo da sua situação.

 

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos