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Contabilizadas quase cinco mil tartarugas em Bazaruto

A campanha de monitoria de tartarugas marinhas 2021/2022, iniciada em Outubro de 2021 e finda em Março de 2022, no Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, registou 4498 crias de tartarugas. É o segundo maior número registado na história do parque. Também houve registo de 76 ninhos dos quais 64 eclodiram e 12 foram arrastados pela maré.

Segundo um comunicado do Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto a que o “O País” teve acesso, esses dados permitem às autoridades daquela área de conservação entender melhor em que proporção essas espécies estão a reproduzir-se no parque e o que se pode fazer para ajudar a garantir a sua sobrevivência.

São no total, cinco espécies de tartarugas conhecidas por se reproduzirem no Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto: a tartaruga verde, a cabeçuda, a de couro, a de pente e a olivácea.

Reconhecidas como ameaçadas e vulneráveis pela União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), todas as espécies têm populações globais em declínio e são susceptíveis a uma variedade de ameaças, das quais se destacam: captura, desenvolvimento costeiro, poluição e mudanças climáticas.

De modo a aumentar as hipóteses de sobrevivência, o Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto implementou um programa de monitoria dos ninhos de tartarugas durante a época de reprodução.

Monitores são seleccionados e contratados das comunidades locais e, em coordenação com as equipas de fiscalização, são registados os números dos ninhos de tartarugas nas cinco ilhas do parque e contam os respectivos ovos em cada um dos ninhos. Este processo permite uma melhor monitoria da dinâmica populacional e não perturba as tartarugas, já que as adultas não regressam após a postura dos ovos. Os ninhos são visitados regularmente para garantir que não haja interferência humana ou de predadores, principalmente durante a marcha das tartarugas jovens para o mar após a eclosão.

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