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Angola atinge as 500 mortes por cólera desde o início do surto em Janeiro

Angola registou 500 mortos e 13 818 casos de cólera devido ao surto que o país enfrenta desde Janeiro deste ano, com 17 das 21 províncias afectadas, segundo dados do Ministério da Saúde.

O ponto de situação do surto de cólera, feito pelo Ministério da Saúde, dá conta de que nas últimas 24 horas foram registadas duas mortes e 220 novos casos, nas províncias de Benguela – a única que reportou óbitos e com o maior número de infeções (107) -, Cuanza Norte, Luanda, Malanje, Bengo, Icolo e Bengo, Cuanza Sul, Huíla, Zaire, Namibe e Cabinda, segundo escreve Lusa.

Nas últimas 24 horas, 269 pessoas receberam alta, mas continuam internadas 1 244 outras com cólera.

De acordo com uma nota do Ministério da Saúde, no sábado decorreu uma reunião técnica na província de Benguela, presidida pelo governador provincial, Manuel Nunes Júnior, e com a presença da titular da pasta da Saúde, Sílvia Lutucuta, e outros responsáveis governamentais do setor da energia e águas e do Ambiente, bem como representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O grupo de trabalho teve como objectivo avaliar as acções em curso, reforçar o compromisso interinstitucional e definir novas diretrizes estratégicas para uma resposta eficaz à situação de saúde pública provocada pelo surto de cólera.

A jornada de trabalho incluiu igualmente visitas técnicas a diversos pontos de abastecimento de água nos municípios, comunas e bairros da província, tendo Sílvia Lutucuta orientado o reforço do abastecimento de água potável, com prioridade para as zonas de maior risco.

Ampliar os pontos de hidratação oral e melhorar a assistência pré-hospitalar e hospitalar, mobilizar todos os atores sociais na promoção de ações comunitárias e de sensibilização para práticas de higiene são outros objetivos da governante.

A ministra orientou de igual modo o empoderamento das comunidades na gestão e conservação das infraestruturas instaladas e articulação com o Ministério do Ambiente para a construção de latrinas comunitárias, com recurso a materiais locais disponíveis.

A província de Benguela é, depois de Luanda, o epicentro da doença, e o Bengo é a região com o maior número de óbitos (70) e casos (2.104), desde o início do surto.

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