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“Alvi-negros” preferem falta de comparência se não jogarem no Costa do Sol

O Desportivo Maputo acusa a Liga Moçambicana de Futebol de impor um campo onde deve fazer os seus jogos, mesmo depois de apresentar outro campo por eles negociado. Os "alvi-negros" ameaçam faltar ao jogo contra o Ferroviário da Beira, da 18ª jornada, caso a Liga Moçambicana de Futebol não aceite marcar o mesmo para o campo do Costa do Sol.

Foi com estas alegações que o Desportivo Maputo convocou uma conferência de imprensa para falar do braço-de-ferro que tem com a Liga Moçambicana de Futebol. Tudo começa com a recusa do organismo que tutela o campeonato nacional de futebol para que o Desportivo Maputo realizasse o seu jogo da 15ª jornada, diante da Liga Desportiva de Maputo, no sábado passado, no campo do Costa do Sol, uma vez que o Estádio Nacional do Zimpeto está interdito para obras, no âmbito da visita do Papa.

A Liga Moçambicana de Futebol respondeu negativamente à solicitação dos “alvi-negros”, datada de 02 de Agosto, alegadamente porque a Liga Desportiva de Maputo tinha jogado numa quarta-feira e precisava de 72 horas para descansar.
Aliado a isto está a outra recusa da Liga Moçambicana de Futebol, em carta enviada a 13 de Agosto corrente, para o Desportivo Maputo receber o Ferroviário da Beira no sábado, 24 de Agosto, em partida da 18ª jornada, alegadamente porque os “locomotivas” do Chiveve terão um jogo na quarta-feira do dia 21, precisando, também, de 72 horas para o descanso.

Foram justificações que não agradaram os alvi-negros, que acusam a Liga Moçambicana de Futebol de dualidade de critérios e de perseguição. Para esta sua acusação, o Desportivo apresenta os seguintes motivos:
– Em Maio passado, a colectividade “alvi-negra” disputou um jogo, no dia 08, quarta-feira, na Beira, tendo voltado a jogar no sábado, dia 11 do mesmo mês, em Maputo, tendo por isso tido apenas 48 horas de descanso;
– Para este início da segunda volta, o Desportivo Maputo vai realizar o seu jogo no sábado, em Maputo, voltando a jogar na terça-feira, em Xinavane, para 17ª jornada, o que faz com que tenha apenas 48 horas de descanso.

Assim, o Desportivo Maputo não entende a dualidade de critérios na marcação de jogos, se para eles a Liga Moçambicana de Futebol dá apenas 48 horas de descanso, enquanto para os seus adversários dá 72 horas.

E pela boca de Alexandre Rosa, Director Desportivo dos “alvi-negros”, questiona: “porque a Liga Desportiva de Maputo ou o Ferroviário da Beira não podem jogar depois de descansar 48 horas, tal como nós temos sido obrigados a fazer?”

Artur Semedo, por seu turno, questiona o facto da Liga Moçambicana de Futebol estar a impor a equipa a jogar num campo em que não escolheram, tendo em conta que houve negociações com o Costa do Sol para o uso do seu campo. Para a 15ª jornada, diante da Liga Desportiva de Maputo, Artur Semedo reiterou ter sido imposto a jogar no campo do adversário, por falta de outra alternativa, o mesmo que lhe será feito diante do Ferroviário da Beira, uma vez que a Liga Moçambicana de Futebol não aceita a realização do jogo no ninho do “canário”, no sábado.

E com esta atitude da Liga Moçambicana de Futebol, enquanto o jogo diante dos “locomotivas” de Chiveve não foi aditado para a data e local proposta pelos “alvi-negros”, já há uma decisão tomada: “ainda que tenhamos que sofrer falta de comparência” o Desportivo não vai jogar noutro campo, disse Alexandre Rosa.

Na ocasião, em face do que tem vindo a ser os últimos dias, numa novela que envolve o Desportivo Maputo, a Liga Moçambicana de Futebol e a Liga Desportiva de Maputo, Artur Semedo voltou a lançar recados aos fazedores do futebol, em particular à Liga Desportiva de Maputo, a quem considera ser uma colectividade que procura prejudicar as suas equipas.

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