O Conselho Europeu condenou, hoje, a invasão russa à Ucrânia, o que segundo o bloco europeu não passa de uma “agressão militar sem precedentes”. Face à situação, a União Europeia garantiu prestar assistência política, financeira e humanitária à Ucrânia.
“Condenamos com a maior veemência possível a agressão militar sem precedentes da Rússia contra a Ucrânia. Pelas suas acções militares não provocadas e injustificadas, a Rússia está a violar grosseiramente o direito internacional e a minar a segurança e estabilidade europeia e global”, disse o Conselho Europeu, citada pela Lusa.
Em declarações, hoje, a UE e os seus Estados-membros afirmaram estar prontos a fornecer urgentemente uma resposta humanitária de emergência.
Ainda hoje, a União Europeia vai realizar uma cimeira extraordinária na qual se vai debater sobre a invasão. Neste encontro, a agremiação dos países europeus poderá impor uma série de sanções à Rússia.
Os líderes europeus adiantam que, na cimeira extraordinária desta noite, irão “discutir esta agressão flagrante”, de forma a “chegar a um acordo de princípio sobre novas medidas restritivas [sanções] que imporão consequências pesadas e severas à Rússia pela sua acção, em estreita coordenação com os parceiros transatlânticos”, escreve a Lusa.
ALEMANHA CONDENA OFENSIVA RUSSA, POLÓNIA APELA À NATO E CHINA MANIFESTA-SE
A Alemanha condena ao que chamou de “injustificada ofensiva militar russa”. A ministra das Negócios Estrangeiros alemã admite que mesmo na Rússia os cidadãos devem estar envergonhados pela invasão da Ucrânia e anuncia o maior pacote de sanções da União Europeia aos interesses de Moscovo.
Annalena Baerbock apela a todos os países que respeitam a Carta das Nações Unidas a isolar a Rússia perante os acontecimentos das últimas horas.
A ministra alemã apela a todas as pessoas na Ucrânia a inscreverem-se para a ponte aérea a ser estabelecida para resgatar civis das zonas atingidas pela ofensiva russa.
De acordo com a Euronews, a Polónia exige a activação do Artigo 4.° do Tratado da NATO, que prevê que “as partes consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das Partes”.
É a sexta vez que este artigo é evocado e acontece depois da ofensiva russa na Ucrânia ter atingido alvos perto da fronteira polaca com a Ucrânia.
Um conselheiro do gabinete do Presidente da Ucrânia disse estar em curso um forte bombardeamento de artilharia russa contra infra-estruturas e que as forças armadas ucranianas estão a lutar com força, segundo avança a Reuters.
CHINA AFASTA-SE DO CONFLITO
Com uma postura neutra, a China refere que trata-se apenas de uma situação “com um historial complexo” e apelou às partes para se conterem e que evitem que a situação se descontrole.
A embaixada chinesa na Ucrânia está a aconselhar os respectivos cidadãos e empresas no território a procurarem abrigo, longe de janelas de vidro e a manterem o contacto com associações chinesas e os representantes da China no país.
O líder do comité dos Negócios Estrangeiros do Parlamento da Alemanha apoia o envio de armas para a Ucrânia, no que seria uma reviravolta da posição germânica em relação ao apoio militar às forças ucranianas.
A posição revelada não tem força executiva, mas revela que o debate está em curso na Alemanha.
As sirenes de alerta ouvem-se na capital da Ucrânia desde as 05 horas da manhã desta quinta-feira.