A bancada do partido Frelimo, na Assembleia Municipal da Beira, convocou a imprensa, esta segunda-feira, para explicar as razões que levaram os seus membros a não participaram na última sessão do órgão, que decorreu há cerca de uma semana.
A Frelimo disse que a agenda não encaixava no regimento e a Assembleia Municipal da Beira rebateu afirmando que os “camaradas” pretendiam discutir a distribuição de fundos do erário público.
O chefe da Bancada da Frelimo, Manuel Severino, explicou que, de acordo com o regimento, as sessões devem ser convocadas para apreciar, debater e deliberar matérias que têm a ver com a vida dos munícipes e apresentação do informe do Presidente do Município sobre o seu desempenho. Entretanto, a Presidente da Assembleia Municipal da Beira, Jacinta dos Remédios, disse que tal facto não constitui a verdade.
Jacinta dos Remédios explicou que a bancada da Frelimo propôs uma agenda para a sessão: “O ponto que queriam [discutir] é a transferência de verbas para as bancadas. Nós dissemos que, até aqui, têm o direito de propor uma agenda. Contudo, a Mesa da Assembleia pediu que trouxessem base legal, para permitir que as outras bancadas dessem parecer segundo o documento que trouxessem. Como não tinham a base legal, eles preferiram ‘gazetar'”, disse a Presidente da Assembleia Municipal da Beira.
Na mesma conferência de imprensa, a bancada da Frelimo na Assembleia Municipal da Beira acusou a edilidade de estar a comprar prémios internacionais que tem recebido relacionados à boa governação.
Reagindo às acusações da bancada da Frelimo, Albano Carige começou por dizer que: “O Severino é um analfabeto político”. E acrescentou o Edil da Beira: “Esta forma de agir, de estar, alguém está a analisar, alguém está a seguir, e, no fim do dia, a classificação são prémios”