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AfroCan comprometida pelo défice orçamental

Foto: FIBA

A selecção sénior masculina de basquetebol está com participação comprometida no AfroCan devido à falta de 1,3 milhões de Meticais para cobrir despesas de hospedagem e alimentação. Ainda assim, deixou o país esta quinta-feira com destino a Luanda, Angola, onde vai disputar a prova.

O cenário volta a repetir-se! A mesma ansiedade e as mesmas expectativas em relação ao que pode acontecer em Luanda, depois da “vergonha” de Bulawayo.

É que, tal como aconteceu na prova qualificativa que teve lugar no Zimbabwe, em Abril passado, em que a selecção chegou a ser “expulsa” do hotel por falta de pagamento de hospedagem, o cenário pode voltar a repetir-se em Luanda, tendo em conta que os mesmos problemas se repetem.

Com a questão do transporte resolvida, o que permitiu à selecção nacional de basquetebol masculina viajar a Luanda, fica agora em exposição o pagamento de hospedagem e alimentação.

É que a Federação Moçambicana de Basquetebol fala de um défice de 1 300,000 Meticais (um milhão e trezentos mil Meticais) para custear as despesas de alimentação e acomodação, apelando, clamando, por isso, por apoio.

“Estamos a viajar, mas estamos com défice de 1,3 milhões de Meticais. Como é regra, o país organizador acolhe, hospeda e alimenta”, começou por explicar Roque Sebastião, presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol.

Mas essa hospedagem e alimentação são apenas para os primeiros dias, sendo que depois tudo fica às expensas da delegação de cada país.

“Naturalmente, na reunião técnica entre amanhã e depois de amanhã (hoje ou amanhã), é onde se fazem as cobranças, uma vez que os pagamentos não são feitos à chegada, no hotel, ou seja, os pagamentos são feitos pela organização”, continuou Sebastião, para explicar que não é de imediato que se fazem os pagamentos de alimentação e alojamento.

O presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol diz ainda que é aproveitando esta facilidade que a delegação moçambicana vai procurar ganhar tempo até conseguir os fundos necessários para o pagamento. “Vamos aproveitar para, com a nossa congénere em Angola, mas também com as várias entidades aqui dentro no país, encontrar a fórmula de, em 48 horas, conseguirmos pagar a nossa hospedagem”, explica.

Em termos práticos, e segundo a explicação de Roque Sebastião, a hospedagem está orçada em 90 dólares por atleta e é preciso olhar para a delegação toda. Ainda assim, Roque Sebastião diz que não há problemas em ter hospedagem em Luanda, mas “a questão é conseguirmos encontrar este valor dentro do período válido, antes da reunião técnica, que é muito importante”.

Recordado do episódio similar em Bulawayo, Roque Sebastião é optimista desta vez. “Não cremos nesta possibilidade, mas é preocupante. Estamos preocupados!”, disse, acrescentado que “o que não queríamos fazer era tomar decisões radicais, porque pensamos que ainda há espaços de mais ou menos dois a três dias de encontrarmos soluções”.

Aliás, o presidente da FMB já tem algumas entidades parceiras em coordenação, casos da Secretaria de Estado do Desporto, Fundo de Promoção Desportiva e os empresários, por isso “há aqui uma actividade muito concreta de que ao comunicarmos desta forma estamos a fazer um pedido e cremos que haverá uma sensibilidade em ajudar-nos a atravessar este momento e a nossa necessidade”.

 

MILAGRE MACOME LEVA 13 PARA LUANDA

No capítulo desportivo, a motivação é elevada no combinado moçambicano, principalmente depois de o seleccionador ter anunciado os 13 jogadores com os quais vai contar nesta empreitada de Luanda.

Milagre Macome fala dos objectivos da participação de Moçambique nesta competição: “primeiro objectivo nesta competição é claramente de participação, mas do ponto de vista de classificação vamos pensar jogo a jogo e tentar chegar o mais longe possível”.

Macome fala ainda de ambições para a selecção nacional, até porque “temos uma miscelânea de jogadores mais experientes e outros mais novos e vamos tentar um grupo competitivo e uma equipa competitiva, uma equipa que dignifique o basquetebol moçambicano e o país”.

Macome leva a Angola 13 jogadores, destaque para a não integração de Augusto Matos na convocatória final.

 

Eis a convocatória de Milagre Macome para AfroCan

COSTA DO SOL: Azénio Cossa, Egídio Zandamela, Uwami Chongo e Klaus Bunguele

FERROVIÁRIO DE MAPUTO: Baggio Chimondzo, Ermelindo Novela e Hugo Martins

FERROVIÁRIO DA BEIRA: Célio Chirombe e Elves Honwana

SPORTING DE QUELIMANE: Pio Matos Júnior

MAXAQUENE: Turdevales Nhantumbo

AD GALOMAR DE PORTUGAL: Jeremias Manjate

CLUB BALLON ILICITANO DA ESPANHA: Malik Camal

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