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África do Sul investiga gastos de 14,3 mil milhões de rands destinados ao combate à COVID-19

As autoridades sul-africanas estão a investigar gastos de cerca de 14,3 mil milhões de rands, que correspondem a mais de 56 biliões de meticais, em alegada corrupção pública no combate à COVID-19. O caso envolve familiares do ministro da Saúde, Zweli Mkhize.

O director da Unidade Especial de Investigação na África do Sul, Andy Mothibi, disse, esta terça-feira, no parlamento, que prestadores de serviços a vários funcionários do Ministério da Saúde, incluindo o ministro Zweli Mkhize, são alvos da investigação em curso.

Andy Mothibi afirmou que estava muito limitado a revelar detalhes, mas assegurou haver investigação a todas as alegações.

Segundo a imprensa sul-africana, o ex-porta-voz do ministro da Saúde, Tahera Mather, e a sua assistente pessoal, Naadhira Mitha, teriam recebido, irregularmente, milhões de rands, através dos serviços de comunicação em torno da COVID-19.

No mesmo processo, o filho do ministro Zweli Mkhize teria também obtido benefícios financeiros e materiais.
Sobre o assunto, o Ministério da Saúde reconheceu a existência de irregularidades flagrantes na contratação pública e salientou que era necessário clarificar o que se passou.

No final do encontro com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, em Pretória o Presidente da República da África do Sul, Cyril Ramaphosa, respondeu à imprensa que iria tomar uma decisão em relação ao futuro do ministro Zweli Mkhize, com base no resultado da investigação da Unidade Especial de Investigação.

O ministro da Saúde, Zweli Mkhize, antigo tesoureiro e membro da direção nacional do Congresso Nacional Africano, é o mais recente governante sul-africano a enfrentar novo escândalo de corrupção pública no país, depois de o partido no poder ter suspendido recentemente o seu secretário-geral, Ace Magashule.

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