Arranca hoje, em Davos, na Suíça, o Fórum Económico Mundial, com a economia mundial abalada pela elevada inflação, a crise energética e a guerra na Ucrânia. Este ano, os líderes africanos têm metas ainda mais ambiciosas.
O encontro terá a duração de cinco dias e vai decorrer sob o lema “Cooperação num Mundo Fragmentado”. Ao todo serão mais de 50 chefes de Estado e de governo.
Alguns líderes recentemente eleitos, incluindo o Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, o Presidente colombiano Gustavo Petro e o Presidente das Filipinas Ferdinand Marcos Jr., também são esperados. Já o grupo africano deveria ser liderado pelo Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e pela Presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, refere a DW.
No ano passado, a Namíbia estreou-se no fórum, destacando o seu potencial para produção e comercialização do hidrogénio verde, menos poluente.
Este ano, os líderes africanos, reunidos na cidade turística suíça, têm metas ainda mais ambiciosas. “A presença africana é muito vasta”, destaca Borge Brende, presidente do Fórum Económico Mundial, citado pela imprensa internacional.
No encontro, também será debatido o Acordo de Livre Comércio do continente africano que, se implementado com sucesso, poderá criar mais de 30 milhões de empregos adicionais.
RAMAPHOSA CANCELA PRESENÇA EM DAVOS DEVIDO À CRISE DE ELECTRICIDADE
O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, cancelou a sua participação no Fórum Económico Mundial de Davos, informou o seu porta-voz.
“Neste momento, o Presidente mantém um encontro com os líderes dos partidos políticos representados no Parlamento, NECCOM (Comissão Nacional para a Crise Energética) e o conselho de administração da Eskom”, a endividada empresa pública de electricidade, acrescentou Magwenya, citado pelo Notícias ao Minuto.
Em 2022, a África do Sul sofreu diferentes níveis de apagões rotativos, medida que foi reaplicada no início deste ano para responder à crise energética.
A corrupção, o mau planeamento face ao aumento da procura de energia, as avarias devido ao mau estado das infra-estruturas desatualizadas da Eskom e o impacto da criminalidade são alguns dos factores que explicam esta crise.