Estas foram as palavras proferidas na capital iraniana, na reação ao assassinato de Qassem Soleimani pelos Estados Unidos durante as manifestações contra os EUA no Irão e no Iraque.
“Ele usou farda militar durante quarenta anos e sempre a ajudar as pessoas. Se havia apenas um homem de verdade neste país, era o general. Sinto-me muito mal e passei o dia a chorar”, disse um cidadão iraniano, entrevistado pela Euronews nas ruas de Teerão.
“Se o Irão se comprometesse neste acontecimento trágico, eles atravessariam mesmo as nossas fronteiras. Deveriam acabar com a presença deles no Médio Oriente e não deixá-los ter qualquer base militar na região”, afirmou uma mulher iraniana.
Em Basra, no Iraque, os cidadãos protestaram contra a influência do Irão e dos Estados Unidos no país.
Lembrar que O líder supremo do Irão, o aiatolá Ali Khamenei e o Presidente do país, Hassan Rouhani, prometeram vingar a morte de Qassem Soleimani, principal autoridade da inteligência do país e um dos líderes da Guarda Revolucionária, pelos Estados Unidos.
Qasem Soleimani, o general iraniano foi morto em ataque aéreo dos EUA em Bagdá no início desta sexta-feira.
Soleimani, de 62 anos, liderou as operações militares iranianas no Oriente Médio como comandante da Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã. Ele foi morto quando sua comitiva deixava o aeroporto de Bagdá, junto a integrantes de uma milícia iraquiana aliada do Irã, em um bombardeio ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O ataque aconteceu poucos dias após manifestantes invadirem a embaixada dos EUA em Bagdá, entrando em confronto com as forças americanas no local. E, de acordo com o Pentágono, Soleimani teria aprovado os ataques à embaixada.
Os manifestantes protestavam contra o bombardeio, no domingo passado, a bases do grupo Kataeb Hezbollah no Iraque e na Síria, em que pelo menos 25 pessoas morreram.