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A Metáfora do Sol do Índico

O sorriso do Sol de Chocas Mar, visto do olho humano a partir do buraco onde papá mete a chave para abrir a porta, abraça com raios de luz as águas cristalinas deste Índico, visto desse ponto do planeta. As características únicas desse mar anunciam a surpresa do fim da madrugada e o começo da manhã, que sussurra esperança nos corações cheios de paixão pela vida.

O sentimento de paixão pelo sol laranja do Índico, que anuncia a alegria do amanhecer, irradia feixes de raios que mostram cores semelhantes às que maquiam os lábios do arco-íris depois da chuva miúda que beija suavemente a terra. A beleza do Índico se revela de forma solene, como uma orquestra que embala as ondas calmas, espreitando timidamente o rosto da areia branca como dentes de leite, e abre o dia com um som de esperança.

Este Índico, que de longe não revela o segredo do mundo marinho, oferece uma brisa que acaricia a pele da “Cabaceira”, isolada entre mangais que fazem companhia a Chocas Mar, e sorri ao contemplar o rosto da “Carrusca”, onde corações de amigos se reúnem em assembleia para discutir o prazer da vida com gestos que articulam o sabor da 2M.

A metáfora do Índico embriaga de felicidade a ansiedade de viver sem receios, pois as baleias que marcham em fila indiana ao largo da ilha dos 7 Paus revelam os segredos das maravilhas desse mar e alimentam os corações dos que as observam com o gingar das suas caudas robustas. Neste Índico, a mente esquece por um momento a única verdade certa: que a vida tem um fim, independentemente do status ou importância.

Passear com olhos atentos por este Índico mobiliza a lucidez da vida e a essência de amar a mãe natureza com consciência. Apaixonar-se pela biodiversidade do Índico é desenvolver um carinho profundo pelo planeta, nossa única casa.

O sentimento despertado por este Índico une paixões e ajuda a celebrar a vida com um sorriso, num mundo onde as consciências frequentemente se chocam com a natureza e esquecem de preservar as maravilhas deste mar. A vida ganha mais beleza quando vivida em harmonia com as leis da natureza, e o espetáculo do Índico deve ser apreciado com o máximo carinho. É verdade que o filósofo Albert Schweitzer vê o Homem passando por uma época perigosa, porque tem maior domínio sobre a natureza antes de aprender a dominar a si mesmo.

A satisfação verdadeira que o espetáculo desse Índico oferece confirma a afirmação de Sócrates: “É mais rico aquele que se contenta com o pouco, pois a satisfação é a riqueza da natureza.”

Este Índico, que na classificação dos oceanos por tamanho ou extensão ocupa o terceiro lugar, depois do Pacífico e Atlântico, revela-se com atributos únicos em suas águas mornas, que massageiam e deixam a pele macia em todas as estações do ano. O sorriso de suas águas transparentes revela conchas que o adornam, apaixonando qualquer coração sem promover ciúmes. Se houvesse uma classificação dos oceanos baseada nas maravilhas que oferecem, talvez este Índico de Chocas Mar receberia a nota máxima.

As maravilhas do Índico, que repousa no berço do horizonte de Chocas Mar, reúnem amigos e celebram milagres, apagando a tristeza indelével do passado e criando memórias que marcam a vida com o selo do prazer. Este Índico namora lealmente os que o apreciam com honestidade, e seus olhos tímidos e palavras frescas pronunciadas pela brisa leve embriagam corações de todas as idades. Este Índico me apaixona.

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