A vida cria muitas sombras que fazem com que a mente humana tenha uma relação não fiel com a verdade. Muitas vezes a pressa e pressão da vida leva o ser humano a não ter pena e nem paixão de proteger os traços da verdade ou firmar um acordo, mesmo que seja precário, com a verdade. Há muita tendência do ser humano procurar se esconder em factores que minam o relacionamento com a verdade. O contorno da verdade muitas vezes afasta os seres humanos de terem um casamento honesto com a verdade. Por causa da falta de conhecimento de gestão dos desejos e vontades, muitos assassinam e sepultam a verdade gigante e superior que os animais da classe mammalia que pertence à família Elephantidae, em pleno raiar do sol, perigando o alcance da satisfação comum, mas, procurando satisfazer os desejos particulares. Muitas vezes contorna-se o imbondeiro da verdade, e esquece-se que a verdade nunca é pequena e ela vai se alojando sempre na esquina mágica do inconsciente, apesar do inconsciente na visão Freudiana ser entendido como “acontecimento para o pensamento, e esse acontecimento concerne não apenas ao estatuto do sujeito e a história do desejo, mas também a natureza e aos contornos da verdade”.
O que fragiliza o relacionamento com a verdade, é o facto da verdade perder o seu ser com o tempo e, a imagem da verdade é muitas vezes desenhada para ter a forma, que vai ao encontro dos valores criados pela mente ou grupo de mentes que tem vontade restrita para satisfazer. O contorno da verdade é visto como o único caminho que leva a mente ao alcance da satisfação da vontade. Muitos separam-se da verdade mesmo depois de proferir em sede da mente, que irão viver com a verdade em todas situações. Há muitos factores que invadem a mente para estruturar uma verdade, principalmente, a verdade social que respeita os valores que cobrem a verdade pura. A separação com a verdade surge muitas vezes quando a sinceridade se torna ausente no relacionamento com a verdade. Para relacionar-se com a verdade, é preciso estar sempre atento ao conjunto de valores, que vão ao encontro dos princípios éticos e morais de uma determinada sociedade ou grupo social. É verdade que pode existir o relativismo no significado da palavra verdade, mas, é mesmo surreal quando o relativismo é imposto pelo segmento não significativo dum determinado grupo. Muitas vezes o que desliga os indivíduos da relação com a verdade é o peso superior que estes atribuem a «autonomia da vontade», sem, no entanto, reparar na mentira escondida nessa vontade, que vai entrar em conflito com os valores que a verdade exige. Muitas vezes o casamento com a verdade tem sido um relacionamento efêmero porque, às vezes a vontade de satisfazer o Eu, muitas vezes, arquiteta pinturas duma verdade com fundo de mentira verdadeira, que cria ilusão a mente. Como bem elucida a filosofia Alemã que “a verdade se dá através dos fenômenos que são observáveis, perceptíveis e sensíveis, verdade esta que reside na essência do indivíduo”
A exclusão que o indivíduo atribui a verdade, tortura e castiga de forma perpétua a mente. A mente de um ser normal não consegue desfazer-se das pequenas verdades e em cada segundo que o ser se afasta do seu louco, e envolve-se em tempo curto com a lucidez, a mente retira do inconsciente a cada vírgula da verdade julgada de forma injusta. As marcas deixadas pela verdade no chão da mente, são indeléveis.
Na metafísica de Aristóteles existe uma máxima que diz: “Dizer do que ė que não ė, ou do que não ė que ė, ė falso enquanto dizer do que ė que ė, o do que não ė que não ė, ė verdade”.